Condenada a seis anos de prisão por mandar cortar o pênis do ex-noivo que desistiu do casamento,
a médica Myriam Priscilla de Rezende Castro está de volta ao trabalho.
Ela cumpre a pena em regime semiaberto na penitenciária feminina Estevão
Pinto, na região leste de BH, e recebeu em junho autorização da Justiça
para trabalho externo. A urologista trabalha durante o dia e é obrigada
a se apresentar na unidade prisional no início da noite.
O benefício foi confirmado pela Seds (Secretaria de Estado de Defesa
Social), que cumpre determinação da Justiça. A secretaria não divulga o
tipo de trabalho nem o nome do hospital onde a médica atende. A defesa
de Myriam Castro não foi encontrada. Myriam cometeu o crime em 2002 e
foi condenada em 2009, mas ficou em liberdade até 2014 por conta de
recursos. Mesmo condenada, o Conselho Regional de Medicina permitia que
exercesse a urologia, que cuida justamente do aparelho genital
masculino.
A vítima rompeu o relacionamento com Myriam Castro na semana em que
subiria ao altar. Revoltada, ela incendiou o carro e a casa do ex-noivo e
ameaçou atacá-lo. Dias depois, W.J.S. foi cercado por dois homens
contratados pelo pai da médica. Os homens avisaram que estavam a mando
de Myriam Castro e do pai dela, Walter Ferreira de Castro, 76 anos. O
irmão da vítima foi obrigado a assistir à mutilação e desmaiou ao
testemunhar a cena. Mesmo depois da mutilação ela voltou a procurar o
rapaz, segundo depoimentos prestados à Polícia Civil.
Após o crime, a médica mudou-se para Barbacena, na região central de
Minas, onde continuou trabalhando normalmente. Ela foi condenada a seis
anos de prisão por lesão corporal gravíssima, mas não chegou a ser
presa. Em 2013, Myriam mudou-se para Pirassununga (SP), onde foi presa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário