segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Augusto Amador, verdade móvel do sonho imigrante

Homenagem a um Monteirense!

Autor: Marcelo Damasceno, jornalista


A importante e imensa colônia paraibana radicada em Petrolina, trouxe prosperidade inequívoca, ao sertão pernambucano banhado pelo Rio São Francisco. 
Entre milhares de paraibanos, o empreendedor, caminhoneiro na origem, mecânico do detalhe, AUGUSTO AMADOR. Homem feito, saiu cedo da sua Monteiro-PB, geograficamente poética e densa em música por seus ilustres filhos em teor nacional. Aquele qualificado paraibano, deixou seu rincão para sempre e para a sorte cíclica da economia em Petrolina. 
A
ugusto Amador, optou por Petrolina, em seu novo ofício específico e raro, em atividade simultânea ao governo do automóvel, governo arrojado da indústria móvel. Governo Juscelino Kubistchek.
O bandeirante em cordel, Augusto Amador, fincou sua tenda em família, desde os anos 1960, quando a cidade saía do ciclo primário de sua contribuição à balança comercial, por Clementino Coelho e sua Exportadora de bens arrancados do solo semiárido, matéria prima solene em couro, em mamona e algodão. Augusto Amador chegou junto com as Indústrias Coelho, da teoria ousada do empresário Paulo Coelho, fincando seu sonho “Caiano” adiante do bairro Atrás da Banca. Augusto Amador, media sua força e seu plano para fundar de forma pioneira, a qualificação mecânica. As estradas eram rudimentares. 
Os caminhões contavam-se aos dedos do motorista e empresário Joaquim André, gênese do transporte público coletivo.

Os caminhões, entretanto, em número tímido atravessavam o Brasil por aqui, nossa única ponte Presidente Dutra. Daí, Augusto Amador, visionário, carregado de compromissos e encouraçado por seu talento mecânico em logística especializada, obtinha ricas informações que as estradas sem malha asfáltica, somavam carros de cargas com inevitável instabilidade em seu eixo, comprometendo carroceria, molas e pneus, espatifando a espinha dorsal dos choferes primeiros de 50 anos atrás. Augusto Amador, instalou sua Mecânica de “molas”, inicialmente na Rua Barão do Rio Branco ao lado do atual Mercado do Turista, indo poucos anos depois para o endereço emblemático da atual Avenida da Integração, bem ao lado do controvertido monumento que caiu na besteira popular, antigo Posto Fiscal. A Oficina de Molas de um paraibano feito de ferro e que dobrava, mas, nunca quebrou. Augusto, homem dos sete instrumentos em sua verdade sertaneja, rijo, implacável pelo seu sonho e razão, estava em nobilíssimo endereço da Avenida Guararapes contígua à Rua São José . Uma profética passagem pela Integração bem em frente, hoje, dando suas molas para a mobilidade.

Augusto da Oficina “sem moleza” na vida. Quase iletrado, casado, filhotes a repercutir a obrigação de renda e garantia da cidadania com escolaridade, Augusto Amador nunca “amoleceu”, e tirou em cada “mola” redimida do fracasso, o boletim exitoso dos filhos, os quais formou em gente e formação acadêmica. De limitada educação cognitiva, Augusto Amador, patriarca das oficinas especializadas de Petrolina, construiu seu marketing, recrutando para sua empresa gente espatifada pela vida periférica de tudo, entre esses, “Mané Macaco”, um cafuzo a lhe conferir qualificação e sucesso profissional. Augusto Amador, enfrentando o mundo com a estratégia de ter molas na alma para cumprir o cotidiano dever de ser homem honrado. Imigrante a colecionar os feixes de “molas” e contribuir para a estabilidade dos primeiros caminhões amestrados pela economia indiscreta e industrial de Petrolina. Em meio a dezenas de mecânicos, ajudantes, empresários de peças e uma Petrolina caminhando para sedimentar seu parque Industrial, Augusto não combinava amadorismo, fazia mecânica de mola com profissionalismo.

Ganhou fama pelas estradas brasileiras sob o emblema da terra com encruzilhadas. Prosperou em sua Oficina sem “outdoor”, ou, recursos da internet. O ardor sereno de Augusto, lhe transpirava prosperidade cidadã, ao formar seus filhos em doutores, petrolinenses viscerais. Sua saga empresarial desde o velho endereço daquela “oficina de molas”, exigia novo local em endereço mais ambicioso e, ao alcance do entorno sanfranciscano. A Avenida Sete de Setembro no Bairro Ouro Preto, por último, premiou sua densidade, sua grandeza, sua consolidação cidadã e jurídica. Que o diga, o famoso bode que era o mascote da empresa que chegou a ser entrevistado pelo radialista Carlos Augusto. Estava ali para todos, um novo pioneirismo para hoje endereço tão específico, a Sete em rodovia dupla, como 407 e 428 pelo asfalto bem brasileiro e nosso.

A soberania das molas recicladas de forma industrial, pediu e conseguiu a avenida Sete de Setembro. Desde esses anos 1980, Augusto Amador, competia consigo mesmo, e tornava-se pioneiro dessa terra que lhe foi prometida e não lhe deu “moleza” hora alguma. Nesta Petrolina, os sobressaltos, os desafios, exibem rigorosa avaliação de quem lhe presta serviço e soma sua riqueza imaterial ou em verdade monetária. É preciso carregar “molas pelo corpo e no sonho e comportamento também”, diria o velho e saudoso Augusto Amador. Que nunca amoleceu diante do seu ofício das “molas” e de ser reto na vida. Augusto Amador por sua genealogia exitosa, ainda verte do seu sangue paraibano, a prosperidade com educação e trabalho. Muito trabalho!
Em 2016 será o seu centenário de nascimento.

Foto-Augusto Amador
(ao lado então vereador,
César Durando em evento solene)-
Cidadão petrolinense/

P/Sr. CARIRI

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