domingo, 10 de setembro de 2017

Opções do novo ensino médio desafiam poder de decisão do aluno

Colégios antecipam o processo de orientação vocacional para ajudar estudante a se decidir

O novo ensino médio prevê que o aluno escolha entre linguagens, matemática, ciências exatas, ciências humanas, ou, ainda, um curso técnico para se dedicar durante quase metade do tempo que vai passar na escola.
Mas, se escolher um curso universitário já é difícil, como será o processo para selecionar uma entre essas áreas logo após o nono ano do ensino fundamental?
Para Silvio Freire, diretor do ensino médio do colégio Santa Maria, da zona sul de São Paulo, o aluno deve ter acesso a uma formação ampla, integral e diversificada para fazer a melhor escolha.
Hoje, o estudante do ensino médio do Santa Maria pode escolher entre cursos optativos de história e direito, entre outros, com duração de seis meses cada um.
Mesmo assim, afirma Freire, cerca de 40% dos alunos da instituição terminam o ensino médio indecisos sobre qual curso superior escolher.
Se a reforma já tivesse sido feita, Amanda Beatriz de Araújo, 16, aluna do Santa Maria, afirma que teria se sentido pressionada.
"No final do nono ano eu ainda não tinha uma área em mente para escolher", diz ela, que até hoje, no segundo ano do ensino médio, ainda não bateu o martelo sobre qual carreira vai seguir.
"Provavelmente eu teria escolhido algo e iria querer mudar depois", afirma.

ORIENTAÇÃO

Segundo Álvaro Vieira Neto, coordenador do ensino médio no Centro Educacional Pioneiro, também na zona sul de São Paulo, a mudança também vai atingir o ensino fundamental, que será uma das principais bases para a decisão do estudante.
No Pioneiro, afirma Vieira Neto, o trabalho de orientação profissional, que hoje acontece no ensino médio em parceria com um instituto de neuropsicologia, vai ser antecipado para o nono ano.
Rafaela Brissac, psicóloga e secretária da Abop (Associação Brasileira de Orientação Profissional), diz que antecipar a conversa sobre a escolha da profissão é uma boa estratégia, mas deve ser feita junto a uma ampliação dos conteúdos e das experiências oferecidos aos jovens.
"Um dos riscos dessa mudança é de o estudante ficar menos exposto a conteúdos que ele poderia ter achado interessantes, mas que nunca vai ver", afirma ela.
Brissac acrescenta ainda que escola e família devem mostrar o mundo do trabalho para o adolescente. "Ele vai passar muito mais tempo no trabalho do que na escola ou na universidade", diz.
A escola Móbile já oferece ao aluno do ensino médio a possibilidade de trilhar um caminho personalizado.
O método atual da escola para ajudar na decisão é apresentar as opções com o máximo de informações possível, vindas dos professores e de alunos mais velhos que já passaram pela situação, de acordo com Wilton Ormundo, diretor do ensino médio do Móbile. Uma vez feita a escolha, é necessário levar o curso até o final do ano para só depois, se o estudante quiser, trocar de área.
Giulia Regio, 14, aluna do nono ano no Móbile, ainda não decidiu, mas já se prepara para escolher no próximo ano. "Sinto muita facilidade com conteúdos de matemática, mas também gosto muito de história, que me ajuda a entender melhor o mundo", diz.
A garota, que ainda não sabe se vai cursar medicina, psicologia ou marketing na universidade, diz que sua estratégia é escolher "sem pressão" as optativas do primeiro ano para só depois ir para assuntos mais próximos da faculdade que vai escolher.
O novo ensino médio prevê que o aluno escolha entre linguagens, matemática, ciências exatas, ciências humanas, ou, ainda, um curso técnico para se dedicar durante quase metade do tempo que vai passar na escola.
Mas, se escolher um curso universitário já é difícil, como será o processo para selecionar uma entre essas áreas logo após o nono ano do ensino fundamental?
Para Silvio Freire, diretor do ensino médio do colégio Santa Maria, da zona sul de São Paulo, o aluno deve ter acesso a uma formação ampla, integral e diversificada para fazer a melhor escolha.
Hoje, o estudante do ensino médio do Santa Maria pode escolher entre cursos optativos de história e direito, entre outros, com duração de seis meses cada um.
Mesmo assim, afirma Freire, cerca de 40% dos alunos da instituição terminam o ensino médio indecisos sobre qual curso superior escolher.
Se a reforma já tivesse sido feita, Amanda Beatriz de Araújo, 16, aluna do Santa Maria, afirma que teria se sentido pressionada.
"No final do nono ano eu ainda não tinha uma área em mente para escolher", diz ela, que até hoje, no segundo ano do ensino médio, ainda não bateu o martelo sobre qual carreira vai seguir.
"Provavelmente eu teria escolhido algo e iria querer mudar depois", afirma.
ORIENTAÇÃO
Segundo Álvaro Vieira Neto, coordenador do ensino médio no Centro Educacional Pioneiro, também na zona sul de São Paulo, a mudança também vai atingir o ensino fundamental, que será uma das principais bases para a decisão do estudante.
No Pioneiro, afirma Vieira Neto, o trabalho de orientação profissional, que hoje acontece no ensino médio em parceria com um instituto de neuropsicologia, vai ser antecipado para o nono ano.
Rafaela Brissac, psicóloga e secretária da Abop (Associação Brasileira de Orientação Profissional), diz que antecipar a conversa sobre a escolha da profissão é uma boa estratégia, mas deve ser feita junto a uma ampliação dos conteúdos e das experiências oferecidos aos jovens.
"Um dos riscos dessa mudança é de o estudante ficar menos exposto a conteúdos que ele poderia ter achado interessantes, mas que nunca vai ver", afirma ela.
Brissac acrescenta ainda que escola e família devem mostrar o mundo do trabalho para o adolescente. "Ele vai passar muito mais tempo no trabalho do que na escola ou na universidade", diz.
A escola Móbile já oferece ao aluno do ensino médio a possibilidade de trilhar um caminho personalizado.
O método atual da escola para ajudar na decisão é apresentar as opções com o máximo de informações possível, vindas dos professores e de alunos mais velhos que já passaram pela situação, de acordo com Wilton Ormundo, diretor do ensino médio do Móbile. Uma vez feita a escolha, é necessário levar o curso até o final do ano para só depois, se o estudante quiser, trocar de área.
Giulia Regio, 14, aluna do nono ano no Móbile, ainda não decidiu, mas já se prepara para escolher no próximo ano. "Sinto muita facilidade com conteúdos de matemática, mas também gosto muito de história, que me ajuda a entender melhor o mundo", diz.
A garota, que ainda não sabe se vai cursar medicina, psicologia ou marketing na universidade, diz que sua estratégia é escolher "sem pressão" as optativas do primeiro ano para só depois ir para assuntos mais próximos da faculdade que vai escolher.
O novo ensino médio prevê que o aluno escolha entre linguagens, matemática, ciências exatas, ciências humanas, ou, ainda, um curso técnico para se dedicar durante quase metade do tempo que vai passar na escola.
Mas, se escolher um curso universitário já é difícil, como será o processo para selecionar uma entre essas áreas logo após o nono ano do ensino fundamental?

Para Silvio Freire, diretor do ensino médio do colégio Santa Maria, da zona sul de São Paulo, o aluno deve ter acesso a uma formação ampla, integral e diversificada para fazer a melhor escolha.
Hoje, o estudante do ensino médio do Santa Maria pode escolher entre cursos optativos de história e direito, entre outros, com duração de seis meses cada um.

Mesmo assim, afirma Freire, cerca de 40% dos alunos da instituição terminam o ensino médio indecisos sobre qual curso superior escolher.
Se a reforma já tivesse sido feita, Amanda Beatriz de Araújo, 16, aluna do Santa Maria, afirma que teria se sentido pressionada.

"No final do nono ano eu ainda não tinha uma área em mente para escolher", diz ela, que até hoje, no segundo ano do ensino médio, ainda não bateu o martelo sobre qual carreira vai seguir.
"Provavelmente eu teria escolhido algo e iria querer mudar depois", afirma.

ORIENTAÇÃO

Segundo Álvaro Vieira Neto, coordenador do ensino médio no Centro Educacional Pioneiro, também na zona sul de São Paulo, a mudança também vai atingir o ensino fundamental, que será uma das principais bases para a decisão do estudante.
No Pioneiro, afirma Vieira Neto, o trabalho de orientação profissional, que hoje acontece no ensino médio em parceria com um instituto de neuropsicologia, vai ser antecipado para o nono ano.

Rafaela Brissac, psicóloga e secretária da Abop (Associação Brasileira de Orientação Profissional), diz que antecipar a conversa sobre a escolha da profissão é uma boa estratégia, mas deve ser feita junto a uma ampliação dos conteúdos e das experiências oferecidos aos jovens.
"Um dos riscos dessa mudança é de o estudante ficar menos exposto a conteúdos que ele poderia ter achado interessantes, mas que nunca vai ver", afirma ela.

Brissac acrescenta ainda que escola e família devem mostrar o mundo do trabalho para o adolescente. "Ele vai passar muito mais tempo no trabalho do que na escola ou na universidade", diz.
A escola Móbile já oferece ao aluno do ensino médio a possibilidade de trilhar um caminho personalizado.

O método atual da escola para ajudar na decisão é apresentar as opções com o máximo de informações possível, vindas dos professores e de alunos mais velhos que já passaram pela situação, de acordo com Wilton Ormundo, diretor do ensino médio do Móbile. Uma vez feita a escolha, é necessário levar o curso até o final do ano para só depois, se o estudante quiser, trocar de área.
Giulia Regio, 14, aluna do nono ano no Móbile, ainda não decidiu, mas já se prepara para escolher no próximo ano. "Sinto muita facilidade com conteúdos de matemática, mas também gosto muito de história, que me ajuda a entender melhor o mundo", diz.


A garota, que ainda não sabe se vai cursar medicina, psicologia ou marketing na universidade, diz que sua estratégia é escolher "sem pressão" as optativas do primeiro ano para só depois ir para assuntos mais próximos da faculdade que vai escolher.

Sr. CARIRI
P/F. S.P

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