segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Os "rejeitos" mortais e imorais de uma elite burra e "metida"

POR Marcelo Damasceno
Repórter de PETROLINA PE



São 2 mil e 900 quilómetros de leito, banhando cerca de 13 milhões de pessoas, desde sua nascente na CANASTRA em Minas Gerais até à foz no mar atlântico entre Sergipe e Alagoas. 

Um Rio São Francisco que até meados do século passado respondia pela navegação fluvial garantindo o emprego para milhares de ribeirinhos entre a pesca e transporte comercial, barato e prático. RIO SÃO FRANCISCO. 

Da civilização indígena, entre a barbárie praticada por brancos bandeirantes, como agora, interessados unicamente em riquezas arrancadas do solo e do povo brasileiro, a miscigenação com negros que originou uma outra raça, subjugada e escrava até agora de feudos estabelecidos e controle politico que detém o "empreguinho" com portarias em prefeituras, câmaras municipais e sub-empregos em assessorias fajutas. 

Uma verdade incontestável para um RIO SÃO FRANCISCO que corresponde a um território na dimensão de uma FRANÇA, por exemplo. Sua verdade de mata ciliar, rasgada e extirpada pelas longas e criminosas queimadas voluntárias de pioneiros "civilizados" extirpando toda caatinga "beiradeira". 

Essa prática crninosa que procurava "justificar" o progresso que não veio. Senão para um reduzido 'status quo' que enriqueceu e dominou o mapa eleitoral em cinco estados favorecidos por um LEITO GENEROSO e asfixiado por diferentes orientações políticas. Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. 

Cerca de 504 municípios entrelaçados em suas injustiças sociais e desigualdades econômicas. Com o desaparecimento explicável de 265 espécies de peixes e toda sua biodiversidade jogada no ralo bandeirante e lusitano. 

O domínio longo e insensível dessas "capitanias" hereditárias e privatistas, sem cor ideológica, por ser incolor, seu resultado agora virado em lama, literalmente, sob o signo catastrófico da VALE DO RIO DOCE vendida a preço de banana ainda no império TUCANO de FFHHCC. 

Fernando Henrique Cardoso esconjurou o IBAMA à época e ignorou o povo mineiro, incluindo Mariana e Brumadinho, cidades decapitadas, respectivamente entre 2015 e 2019, arrastadas pela gula selvagem de investidores que se autoproclamam, redentores do capitalismo que "distribui" ouro e riqueza( só que, entre eles, apenas). 

Dessa estúpida política de privatização sem debate nem consulta ampla à soberania brasileira, junta-se a baixa informação e estreita escolaridade de um povo, a dependência econômica e do sub-emprego entre milhares de brasileiros, engolido por "encantadores" de burro, bezerros de ouro e mulas com cérebro de ovo cozido. Um desastre diário de viés social, produzido por bestas-feras da cidade grande, a seduzir plateias ignorantes de si mesmas. 

BRUMADINHO estourada de lama e morte vem abraçar com seus gemidos inexprimíveis, o RIO SÃO FRANCISCO, onde são lançados 23 MILHÕES DE TONELADAS EM REJEITOS, por ano. 

E infelizmente, sabendo "zero hábito de leitura" de internautas brasileiros nas redes sociais, somados aos que se comprimem em tribos ideológicas e "points" de narcisistas e edipianos, nos atrevemos constatar e reproduzir esta estatística mortífera e aterradora que ameaça a prosperidade intelectual e civilizadora de um povo entre PETROLINA, PERNAMBUCO e JUAZEIRO, da BAHIA.

P/Sr. CARIRI

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