Segundo os entendidos, na Assembléia Legislativa da Paraíba, dos 36 deputados 28 são ricos e mesmo assim estão temendo o alto gasto para se reelegerem.
Temos registrado candidatos de primeira campanha eleitoral também pobres que estão em campanha na possibilidade de desistir para vender votos dos seus redutos a outros candidatos e sem falar nos fichas sujas que ainda serão julgados porém como estão no corpo a corpo, já conseguem ter pequena densidade e caso sejam condenados também venderão seus sufrágios a quem interessar possa.
De acordo com as pesquisas, apenas 5% do eleitorado se ligam na
campanha política antes de 19 de agosto (47 dias antes da votação),
quando, a partir dessa data, ela começa pra valer por conta do horário
gratuito eleitoral. Do próximo dia 6, abertura oficial, até a entrada da
televisão, o clima de campanha será percebido somente por peças
gráficas e pela internet. Segundo a mesma medição, 50% dos eleitores
decidem o voto nos últimos 30 dias de campanha; outros 25%, a 15 dias da
votação.
A indiferença e o desinteresse do eleitor, ao contrário, não estão
incomodando a maioria dos políticos, que, por uma razão objetiva, tem
grande interesse em encurtar o período de campanha e atende pelo nome de
falta de dinheiro. Como dizem lá na Assembleia Legislativa e na Câmara
dos Deputados, os políticos estão “colocando a barba de molho”, porque, quando a
três meses das eleições, os grandes doadores sumiram. Não é sem razão.
Os empresários estão ressabiados e com medo de dar dinheiro por vários
motivos: incerteza do cenário econômico, os consecutivos casos de
corrupção eleitoral e, principalmente, pela decisão parcial do Supremo
Tribunal Federal, que, por 6 a 1, considerou ilegal o financiamento
privado de campanha. O processo, movido pela OAB, está inconcluso depois
do pedido de vistas do ministro Gilmar Mendes e sem previsão de
veredito. Não terá validade jurídica sobre a próxima eleição, mas deixou
efeito psicológico, de insegurança jurídica para empresas, que, agora,
preferem adotar a postura da Fiat, que, por princípio, não faz doações
de campanha.
A raiz do problema, todos sabem, está no sistema político brasileiro,
que, por diversas razões, já se esgotou. Na base, o financiamento de
campanha. Há casos de deputados que se elegem por R$ 10 milhões, valor
estimado para muitas campanhas de governador. Nesta quinta-feira (03),
os comitês estão calculando em R$ 1,5 milhão o gasto para um candidato
ser competitivo e se eleger (ou reeleger) a deputado estadual; outros R$
2,5 milhões para um federal. Antes do voto, os deputados estão à caça
de dinheiro.
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