A
região do cariri paraibano é uma das mais atingidas nos
últimos anos pela grande estiagem que vem afetando a Paraíba e outros
estados do nordeste. Após ter parte do rebanho dizimado pela seca no ano
passado,
os caririzeiros enfrentam mais um ano de dificuldades.
Os reflexos da falta de chuvas na região não estão apenas para os agricultores e produtores nas comunidades rurais. Com a falta do ‘líquido precioso’ os principais açudes da região estão com baixo volume d’água.
A população da cidade de Taperoá foi uma das primeiras da
região a sentir no dia-a-dia a problemática da falta d’água quando viu o Açude
Manoel Marcionilo, que tem uma capacidade de 15.148.900 m³, secar totalmente.
Logo após o colapso, veio a ligação do Sistema Adutor de Mucutú para amenizar o
sofrimento da população taperoaense, que mesmo com a ligação da adutora, ainda enfrenta
problemas na distribuição, segundo alguns moradores da cidade ouvidos pelo
Portal Paraíba Mix.
A maior preocupação dos caririzeiros é a situação do principal reservatório d’água da região, o açude Cordeiro no Congo, que distribui água para maioria das cidades do cariri ocidental através da Adutora do Congo. O açude Cordeiro que tem capacidade para 69.965.945 m³, está com apenas 12,6% de acordo com dados colhidos pelo Portal Paraíba Mix junto a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA).
A Adutora do Congo possui extensão total de quase 138 quilômetros e abastece os municípios de Serra Branca, São João do Cariri, Sumé, Parari, Gurjão, Prata, Ouro Velho, Amparo, Monteiro, São José dos Cordeiros e Livramento. Em maio o açude Cordeiro tinha 14,2%, os dados mostram que o reservatório perdeu em média de 2% de sua água em cerca de três meses. Até o momento nenhuma autoridade que atua no controle dos açudes do estado se pronunciou sobre o problema atual e quais soluções que podem ser adotadas.
Dados de hoje (040814)
O
principal reservatório de água do Cariri paraibano, açude Cordeio, no
Congo, tem apenas 12,7% de seu volume de armazenamento e a região pode
entrar em colapso e 15 cidades podem sofrer racionamento.
A tendência é que o açude continue perdendo volume sem perspectivas de recargas até dezembro, por conta da estiagem na região do Cariri. O racionamento d'água já está sendo discutido.
A tendência é que o açude continue perdendo volume sem perspectivas de recargas até dezembro, por conta da estiagem na região do Cariri. O racionamento d'água já está sendo discutido.
O açude do Congo é o principal reservatório de água da região do Cariri, que abastece cerca de 15 cidades através do sistema Adutor do Congo, que ainda não chegou em Santo André e atualmente se encontra em observação pela AESA.
Segundo pesquisa do portal, algumas cidades da região contam com
sistema adutor próprio, ligado dos açudes das respectivas cidades e que servem como
adutoras reservas em caso de problema na Adutora do Congo.
A
cidade de Serra Branca que tem pouco mais de 13 mil
habitantes, conta com uma Adutora própria ligada ao Açude Serra Branca
II que
tem capacidade para 14.042.568 m³. O reservatório que poderia ser usado
para
abastecer a cidade em caso de um colapso no Açude do Congo, está em uma
situação ainda mais crítica, com apenas 9,5% do seu volume. Essa
situação se
repete em várias outras cidades da região. A retirada d'água dos açudes
em caminhões pipas também contribui para que os reservatórios percam um
maior volume de água em pouco tempo.
Volume atual dos açudes das cidades que são assistidas pela Adutora do Congo.
Monteiro: Açude Porções – 17,9%
Sumé: Açude Sumé – 36,2%
Prata: Açude Prata II – 4,5%
Ouro Velho: Açude Ouro Velho – 5,6%
Serra Branca: Açude Serra Branca II – 9,5%
São João do Cariri: Açude do Namorado – 7,4%
São José dos Cordeiros: Açude São José III – 5,1%
Livramento: Açude Russos – 25,5%
Gurjão: Açude Gurjão – 5,0%
A AESA, ainda confirmou que não há
previsões de chuvas nos próximos meses para a região. Todo esses dados
apontados e pesquisados mostram que se não houver intervenções das
autoridades responsáveis ou erro das previsões meteorológicas, boa parte
dos caririzeiros devem ficar em breve sem água nas torneiras, revivendo
a situação vivida em meados da década de 90.
PB MIX-PORTAL /SANTO ANDRÉ EM FOCO/Sr. Cariri
PB MIX-PORTAL /SANTO ANDRÉ EM FOCO/Sr. Cariri
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