A Lei Brasileira de Inclusão, assinada nesta segunda-feira (6), vai
fortalecer a democracia brasileira, afirmou a presidenta Dilma Rousseff,
ao sancionar o Estatuto da Pessoa com Deficiência, em cerimônia no
Palácio do Planalto que contou com dezenas pessoas, entidades e
parlamentares ligados ao setor.
“Nos comprometemos com o tratamento diferenciado, que reconhece e
respeita a diversidade. Porque, só assim, alcançaremos a igualdade de
oportunidades que queremos para todos. Celebremos, portanto, essa
conquista”, disse ela aos presentes.
Entre as inovações da nova norma, está o pagamento de
auxílio-inclusão às pessoas com deficiência moderada ou grave que
entrarem no mercado de trabalho. E a reserva de 10% de vagas em
processos seletivos de curso de ensino superior, técnico e tecnológico.
Além disso, agora haverá pena de reclusão de um a três anos para quem
discriminar pessoas com deficiência.
A presidenta lembrou que o estatuto resultou de um enorme esforço
coletivo para reunir o conteúdo de mais de 430 documentos que tramitavam
no Congresso em 2012 e que foram anexados (apensados) ao Projeto de Lei
do Estatuto, que havia sido apresentado pelo senador gaúcho Paulo Paim
em 2003.
“Houve uma cooperação inédita entre o Congresso Nacional, a
Secretaria de Direitos Humanos, juristas, especialistas e a sociedade
civil, para consolidar todas as propostas em um só texto”.
Esse texto, que foi aprovado pelo Congresso em junho passado,
classifica o que é deficiência, determina atendimento prioritário em
órgãos públicos para pessoas com deficiência e dá destaca políticas
públicas em áreas como educação, saúde, trabalho, infraestrutura urbana,
cultura e esporte.
Viver sem limites
Segundo Dilma Rousseff, o novo marco legal determina ao Estado como atuar para remover barreiras existentes na sociedade ao pleno exercício dos direitos e à participação social das pessoas com deficiência. Também prevê mudanças no Estatuto da Cidade, para que a União seja corresponsável, juntamente com estados e municípios, pela melhoria de condições de calçadas, passeios e locais públicos para garantir o acesso de pessoas com deficiência.
Segundo Dilma Rousseff, o novo marco legal determina ao Estado como atuar para remover barreiras existentes na sociedade ao pleno exercício dos direitos e à participação social das pessoas com deficiência. Também prevê mudanças no Estatuto da Cidade, para que a União seja corresponsável, juntamente com estados e municípios, pela melhoria de condições de calçadas, passeios e locais públicos para garantir o acesso de pessoas com deficiência.
“Essa lei, eu pego emprestado o nome do nosso programa, ela dá
uma grande contribuição para que as pessoas com deficiência possam viver
sem limites”, enfatizou, em referência ao Plano Viver sem Limite, lançado em 2011.
Por meio daquele plano, comentou a presidenta, o governo garantiu que
as moradias do Minha Casa, Minha Vida fossem adaptáveis para atender às
necessidades de todos cidadãos. No campo da saúde, foi criada a rede de
cuidados à pessoa com deficiência. E ainda linhas de crédito para que
elas pudessem adquirir produtos que ampliassem sua autonomia.
Foi alterada a legislação do Benefício de Prestação Continuada, para
permitir que seus beneficiários possam ingressar no mercado de trabalho
sem receio de não terem mais essa proteção, em caso de perda do emprego.
No âmbito da Previdência, foi reduzido o tempo de contribuição
necessário para a pessoa com deficiência se aposentar e estabelecidas as
condições para exercício desse direito sejam definidas a partir de uma
avaliação de sua capacidade funcional, feita por um conjunto de
profissionais.
Agora, por meio do Estatuto da Pessoa com Deficiência, “damos
mais um passo na ratificação de uma noção consagrada na Convenção
Internacional sobre Direito das Pessoas com Deficiência, da qual fazemos
parte, e que, a partir de hoje, passa a assegurar que as pessoas com
deficiência tenham uma lei específica. E sejam, de fato, tratadas como
cidadãs de primeira categoria”.
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