Fato em Brasília durante entrevista coletiva concedida à imprensa logo após a reunião
dos governadores dos 27 Estados brasileiros com a presidente Dilma
Rousseff, nesta quinta-feira (30), no Palácio da Alvorada, em Brasília. O
chefe do Executivo paraibano defendeu a governabilidade, mas cobrou do
governo federal regras mais amenas e claras para a Região.
Ricardo considerou o encontro um momento importante para a República
brasileira, principalmente pelos temas discutidos entre os 27
governadores e a presidente, a exemplo de equilíbrio fiscal,
governabilidade, segurança, acidentes de trânsito. “São pautas
essenciais, e também um tema como novas operações de crédito, ou seja,
recursos novos para investimento. Eu acho que isso faz avançar porque
cooperação federativa é essencial. O país está vivendo turbulências,
instabilidade, que tem uma raiz muito forte na política e não interessa a
ninguém essa instabilidade”, avaliou o chefe do executivo.
Ele
ressaltou que os governadores [oposição e situação] expressaram à
presidente Dilma um compromisso com a estabilidade e também, dentro
dessa proposta de corresponsabilidade, manifestaram o desejo de serem
ouvidos antes de qualquer medida de impacto. “O saldo é positivo, eu
penso que as operações que a Paraíba tem à espera na Secretaria do
Tesouro Nacional e no Ministério da Fazenda, deverão correr mais rápido
agora porque é essencial isso, porque fizemos nosso dever de casa e não
podemos ficar prejudicados e ao mesmo tempo temos uma série de outras
intervenções que estão à espera dessa autorização do Ministério da
Fazenda”, ressaltou.
A reunião
Durante a reunião com os
governadores, a presidente Dilma Rousseff abordou temas como a
estabilidade econômica e as dificuldades enfrentadas pelo País no campo
da economia. “A estabilidade econômica do Brasil é muito importante e
uma responsabilidade de todas as esferas”, disse. “Estamos fazendo uma
travessia para levar o Brasil para um lugar melhor”, ressaltou,
lembrando a importância das exportações como um dos mecanismos para
fortalecer a economia brasileira.
A presidente pediu a união de
todos os presentes pela recuperação da economia brasileira. “Temos
consciência de que é importante sempre estabelecer parcerias,
cooperações e enfrentar os problemas juntos. Achamos que estamos vivendo
um período de transição para um novo ciclo de expansão que vai ser
puxado pelo investimento e pelo aumento de produtividade. E, com isso,
dará base para o crescimento do emprego, da renda e para a manutenção da
nossa política de distribuição de renda”, afirmou.
Outro aspecto
destacado pela presidente Dilma Rousseff foi o fortalecimento do pacto
federativo. “A federação se passa nos estados e municípios. É através da
cooperação que vamos acelerar a travessia pela qual estamos passando”,
afirmou. A presidente pediu a cooperação dos governadores para a
construção de um plano de investimentos em logística para os próximos
quatro anos.
Ainda na reunião, a presidente propôs um pacto
nacional pela redução dos homicídios no País. Segundo Dilma, essa
proposta tem origem no fato de o Brasil ser hoje a nação com maior
número absoluto de homicídios. “A taxa nacional de homicídios é 23,32
homicídios por 100 mil habitantes, quando o número aceitável, segundo
padrões internacionais, é até 10 por 100 mil habitantes. Por isso,
propomos aqui nossa cooperação federativa, concentrando esforços –
União, estados, municípios e integrando o Judiciário – para enfrentarmos
o problema”, conclamou.
De Célio Alves
P/Sr.CARIRI
Nenhum comentário:
Postar um comentário