84,6% dos partos realizados no Brasil com planos de saúde são cesáreos.
Planos devem informar às pacientes o número de cesáreas dos médicos.
Começam a valer a partir desta segunda-feira (6) as novas regras para a realização de partos na rede particular de saúde, fruto de uma resolução do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que visa pressionar as operadoras a fiscalizarem mais hospitais e médicos para diminuir a quantidade de partos cesáreos feitos por planos de saúde no Brasil.
O governo busca estimular o parto normal e reduzir as cesarianas,
quando possível, pois o índice de nascimentos por meio cirúrgico chega a
84,6% do total realizado via planos de saúde. O índice é extremamente
alto se comparado ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde
(OMS): 15%.
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Entre as novas regras, fica estabelecido que os planos de saúde devem
informar às pacientes, em até 15 dias, a quantidade de cesarianas
realizadas por médico, operadora e hospital, quando solicitados.
Segundo o governo, com essas informações em mãos, a mulher terá a
oportunidade de analisar melhor e com calma o histórico do médico e do
local em que o parto será realizado e pode ajudá-la a optar,
inicialmente, pelo método normal. A multa para as operadoras que não
prestarem as informações quando solicitadas pela gestante será de R$ 25
mil.
Partogramas
Outra medida é que as operadoras orientem os médicos a utilizarem partogramas, espécie de documento com registros do trabalho de parto, com dados estabelecidos pela OMS.
Outra medida é que as operadoras orientem os médicos a utilizarem partogramas, espécie de documento com registros do trabalho de parto, com dados estabelecidos pela OMS.
Em janeiro, quando a resolução foi anunciada, o ministro da Saúde,
Arthur Chioro, afirmou procedimentos médicos desnecessários que venham a
ser detectados em auditorias feitas pelas operadoras, como os próprios
partos cesáreos, correm o risco de não precisarem ter o pagamento
coberto. No caso, o médico e a equipe ficariam sem receber da operadora
pelo procedimento realizado.
Com a iniciativa, o governo espera que os planos de saúde estimulem os médicos a usarem o partograma para reforçar a segurança da gestante e do profissional de saúde envolvido e, com isso, diminuir a quantidade de cesarianas no país.
"O bom obstetra usa esse documento como instrumento de segurança para mostrar o que foi realizado em caso de óbito infantil. Ele é decisivo se houver complicações também. Temos de induzir uma prática mais qualificada, com menos procedimentos desnecessários. Ele já é muito utilizado em hospitais públicos e privados. Agora vai se generalizar", disse Chioro na época.
Com a iniciativa, o governo espera que os planos de saúde estimulem os médicos a usarem o partograma para reforçar a segurança da gestante e do profissional de saúde envolvido e, com isso, diminuir a quantidade de cesarianas no país.
"O bom obstetra usa esse documento como instrumento de segurança para mostrar o que foi realizado em caso de óbito infantil. Ele é decisivo se houver complicações também. Temos de induzir uma prática mais qualificada, com menos procedimentos desnecessários. Ele já é muito utilizado em hospitais públicos e privados. Agora vai se generalizar", disse Chioro na época.
A resolução determina também a inclusão de contatos da ANS no Cartão da
Gestante e a orientação para que médicos utilizem partogramas com dados
estabelecidos pela OMS.
Partos
O parto cesáreo é um procedimento cirúrgico para a retirada do bebê por meio de uma incisão abdominal. Ao todo, 84,6% dos partos realizados no Brasil com planos de saúde são cesáreos. A porcentagem deste tipo de parto no Sistema Único de Saúde (SUS) é menor: 40%. No país, levando-se em conta tanto a rede pública quanto a privada, a cesariana representa 55,6% do total dos nascimentos.
O parto cesáreo é um procedimento cirúrgico para a retirada do bebê por meio de uma incisão abdominal. Ao todo, 84,6% dos partos realizados no Brasil com planos de saúde são cesáreos. A porcentagem deste tipo de parto no Sistema Único de Saúde (SUS) é menor: 40%. No país, levando-se em conta tanto a rede pública quanto a privada, a cesariana representa 55,6% do total dos nascimentos.
A recomendação da OMS é que somente 15% dos partos sejam realizados por
cesariana, pois essa seria a porcentagem de situações reais de risco à
mãe ou ao bebê se o parto for feito por via natural. A cesariana ainda
triplica o risco de morte materna por causa de possíveis infecções e
acidentes anestésicos, por exemplo.
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