quinta-feira, 23 de junho de 2016

Isabel Cristina, ciência exata de caatinga e desigualdade

Escreveu, Marcelo Damasceno, de Petrolina-PE

A Diáspora promovida pelos trópicos da seca, de certa forma, fortaleceu o desenvolvimento de Petrolina. A imigração rural, ressaltando o castigado estado do Piauí, embora com diversidade formidável, em recurso hídrico por seus lençóis freáticos combinando com a subjetividade do seu povo e todo o seu mundo mineral e antropológico. Dessa dispersão rural, desde os limites da Paulistana, um núcleo familiar, conduzido pelo construtor de obra civil, Galdino Oliveira, trazia consigo a história da sua filha segunda na linhagem, Isabel Cristina.

Ai nascia Isabel Cristina, na orfandade sem Casa Grande, numa ciência exata da vida e das oportunidades que surgem, quando o conhecimento, a escolaridade, a orientação, mesmo numa senzala civil, pede a lei da física..

A pobreza com fome e preconceito velado numa sociedade sertaneja de caráter hierárquico, onde o rodapé do organograma citava essa civilização da seca entre um DNOCS litorâneo, bem aos pés da viúva com o sugestivo nome de SUDENE sob os governos da ARENA, PDS e PFL.

Nessa ciência exata, sem tempo e sem velocidade, Isabel Cristina foi provocada pela escola que lhe deu a contada matemática e leis da Física, Curiosamente, um código genético herdado do seu pai, Galdino também mestre dos tijolos e argamassa que exigem traço honesto e assegure a obra com vergonha na cara.

Ele, um quase iletrado que calculava números a erguer cidadania. Isabel, assimilou que o cálculo da sua vida, pedia luta, trabalho e conhecimento com educação cognitiva. Ainda colegial na escola "EMAAF" , ensinava seus pares do corpo discente. Logo, ganhou visibilidade exata com números e resultados da quântica, ciência que move até nosso tato. Em meados dos anos 1970, além d pedagogia, da Física e Matem´tica, em quase uma dezena de colégios da região, sem cota e sem poder aquisitivo, concursou e foi aprovada para a agronomia, ciência inexata a vigiar a a flora, o bicho, a extensão rural que lhe foi negada no Piauí.

Engenheira, optou pela rua e entendendo sua vida sem amparo das cotas e bolsas de estudo para seleto grupo. Encurralada por essa equação injusta, Isabel, , dirigiu movimentos que inspiraram sindicatos proletários, com o SINTEPE, a partir do proletariado do giz sem chão.

A Diáspora nos deu Isabel pra ser eleita vereadora, deputada estadual em Pernambuco, vice-prefeita d Petrolina entre 2001 a 2004 com Fernando B. Coelho (PSB-PE) prefeito, hoje assegurado senador. De seu povo negro, pobre e do cabelo duro. Uma educadora emancipada e partidária dos trabalhadores, situados no PT de Lula e Humberto Costa. Cristina consagrou-se dirigente política, ocupou função importante na Superintendência da terceira regional da CODEVASF. Órgão federal, adequado às leis inexatas conduzidas pela concentração de renda a pilhar os "pixulecos" quando o poder ainda não somava com operadores de moeda e sem recibo. Essa pública Isabel, esteve no gabinete do poder, esteve na tribuna das leis, tudo com voto e gente.

Mas, seu melhor lugar, certamente tem importância libertária da vida exata, a sala de aula, onde foi aluna e mestre, com endurecimento e carinho sem exatidão do mundo desigual.
A professora Isabel Cristina, licenciou-se da escola. Fora obrigada a divergir de um mundo sem cálculo político. Governantes a matricular filhos dando-lhes bons empregos pela janela. Uma Isabel vertida na seca, , sem cota social nem bolsa família. A professora Isabel ensinou Física necessária a erguer pessoas com educação e ascensão pelo menos, humana.

Sr. CARIRI
Parceiro/Marcelo Damasceno

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