quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Senadores prestam homenagem a Eduardo Campos em Brasília

Reunião solene foi realizada na data em que a morte do ex-governador completou um ano

Eduardo Campos completaria 50 anos esta semana; sua morte ocorreu no dia 13 de agosto de 2014

Depois de receber homenagens na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal, Eduardo Campos, cuja morte completa um ano nesta quinta-feira (13), foi lembrado em uma sessão solene no Senado. O evento não contou com a participação da família do pernambucano, que se encontra no Recife para outras atividades. Estiveram no ato o presidente do Partido Socialista Brasileiro, Carlos Siqueira, o presidente da Fundação João Mangabeira e ex-governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e o ministro das Cidades, Gilberto Kassab.

O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) falou sobre Eduardo Campos e também Miguel Arraes, cuja morte completa dez anos nesta quinta. "Conheci Eduardo nos anos 80, quando estivemos juntos na memorável campanha de 1986, que reconduziu seu avô, Miguel Arraes, ao Palácio do Campo das Princesas, de onde foi deposto pelo golpe de 1964, no exercício do primeiro de seus três mandatos de governador de Pernambuco", falou.


Ex-secretário de Arraes e Eduardo, Fernando Bezerra Coelho destacou que o neto estava pronto para chegar até aonde o avô não tinha ido. "Como governador, Eduardo Campos imprimiu uma marca de gestor moderno e inovador, trazendo práticas da iniciativa privada para a gestão pública, elencando prioridades, estabelecendo metas e cobrando resultados. Implementou um modelo de gestão reconhecido e premiado. Com trajetória ascendente, Eduardo estava preparado para exercer o cargo mais relevante da República", disse.

O senador Humberto Costa (PT), que esteve ao lado de Eduardo quando foi eleito para o Senado e depois tornou-se rival, também citou o ex-governador e Miguel Arraes. O petista declarou que a história do neto é vinculada à do avô. "Arraes foi outro brasileiro que deixou muitas saudades", disse, para em seguida destacar o que considera os feitos de Eduardo à frente de Pernambuco.

"Eduardo fez um grande projeto que uniu Pernambuco. Costumo dizer que sem Lula o Estado jamais avançaria como avançou. Mas, sem Eduardo, Pernambuco não teria aproveitado a oportunidade. Ele fez uma grande gestão, principalmente porque soube trabalhar em parceria com governo federal. Em meu nome, no nome de Lula e do PT, fazemos aqui esse reconhecimento do papel cumprido por Eduardo", discursou Humberto.

Do Maranhão, falou o senador Roberto Rocha (PSB). "O destino nos negou a oportunidade de testemunhar como a pregação de Eduardo ecoaria no coração das pessoas, ao longo da campanha eleitoral. Uma retórica diferenciada, um apelo novo, uma ânsia de futuro teria nascido e germinado em muitos corações, não fosse a trapaça do destino", declarou.

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