terça-feira, 18 de agosto de 2015

QUEM É O CANTOR?

Falcão é contratado para se apresentar em grandes eventos pelo Brasil inteiro. Interage com os participantes, brinca, canta e até dá uma de palestrante. Recentemente em Brasília participou de um grande encontro de saúde em nível nacional. Durante três horas posou para as câmeras objetivas ao lado de seus admiradores, cuja fila se estendia pelo quarteirão completo. Falcão é tido como intelectual, porém ainda falta reconhecimento da mídia e grande público. Nesta foto com Rosenildo Alves, Secretário de Saúde do município paraibano de Santo André, Falcão disse-lhe que não tem vocação política, mas que admira muito quem faz saúde sem improviso, como é o seu caso, e parabenizou Rosenildo.Falcão na copa do mundo de 2014:
 
"Não adianta querer chamar palestrante sério, gente para falar de sucesso no mercado, essas coisas. Felipão e Parreira estão perdendo tempo com isso. Psicóloga também não resolve, não salva. Não dá. Tem é que descontrair na concentração. Essa é a receita,  para acabar com esse nervosismo".

Falcão nasceu em Pereiro, no interior do Ceará, onde morou até os 12 anos em uma casa simples e sem eletricidade. Por influência do pai, o farmacêutico da cidade e "o único lá em Pereiro que tinha uma radiola, com uma coleção grande de discos, de gosto muito eclético", escuta música italiana e cantores como Waldick Soriano, Núbia Lafayete, Nelson Gonçalves, e Orlando Silva. Ocasionalmente também captava através de rádios cariocas como Rádio Globo, Nacional, e Tupi as músicas dos Beatles e da Jovem Guarda. Em 1970 muda-se de vez para Fortaleza para frequentar a escola no colégio Júlia Jorge, na Parquelândia. Aprende o violão junto com os irmãos, e conhece seu futuro parceiro musical Tarcísio Matos.

Por gostar de desenhar, opta pela área de arquitetura. Após se formar técnico em edificações na Escola Técnica Federal do Ceará em 1978, Falcão começa a trabalhar como desenhista enquanto tentava o vestibular da Universidade Federal do Ceará, na qual ingressou no curso de Arquitetura depois de cinco tentativas em 1982 . Ao mesmo tempo, investia na carreira artística. Em 1980 funda, juntamente com Flávio Paiva, Matos, Eugênia Nogueira e outros estudantes de comunicação social, a publicação Um Jornal Sem Regras, cujos integrantes também formaram um grupo musical, o Bufo-Bufo. As composições eram irreverentes mas com consciência política, já que Matos e Paiva queriam fazer uma coisa mais séria pendendo pra MPB, mas Falcão mudava as letras para ficarem mais cômicas[1] . Formou-se em Arquitetura em 1988 e abriu um escritório com colegas no qual trabalhou por três anos, até resolver focar mesmo na música.

Falcão diz que tinha alguns ídolos como os brasileiros Raul Seixas, Zé Ramalho e Belchior e os americanos Bob Dylan e Frank Zappa, com "música mais letral do que musical", especialmente por falta de conhecimento musical - Falcão diz que "só sei tocar violão de ouvir". Ao perceber que não tinha a voz e talento para seguir seus ídolos a fundo, decide que só se destacaria usando sua personalidade irreverente. Assim faz algo puxando para o brega, "porque o brega é aquela história do povo brasileiro, das nossas raizes bem populares". O cantor disse que "Embora eu não seja muito romântico, sempre gostei dos bregas. Me apropriei disso porque percebi que era uma música fácil e, como eu não era músico, não podia fazer nada muito elaborado."

Suas roupas sempre são coloridas, com paletós quadriculados e camisas com estampas florais, além de sua marca registrada, um girassol preso em seu paletó — antes era uma flor simples, mas depois de uma fã atirar um girassol no palco Falcão decidiu colocar na lapela. Antes Falcão possuía peças mais sóbrias compradas em brechós, mas eventualmente decidiu criar roupas mais exageradas com a ajuda da mãe e da esposa.

C/ Sr. CARIRI

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