segunda-feira, 17 de agosto de 2020

As pesquisas na corrida eleitoral













Hoje este Editor, participou de mais uma enquete de Pesquisa Eleitoral na cidade de Angelim. Por sinal o que tem de Instituto de Pesquisa abordando eleitores por aqui, mostra que o pleito será bem disputado. Como sempre, usei de minha consciência, respondi os questionários na medida, de acordo como analiso o quadro político e administrativo  atual na minha cidade, que tem crescido bastante nos últimos três  anos. 

Achei o artigo a seguir, interessante para a opinião pública e resolvi publicá-lo.

JC
Priscila lapa

Com a proximidade de mais uma eleição municipal, começam as especulações e os prognósticos sobre quem são os favoritos e aqueles que já estariam previamente derrotados, antes mesmo que a corrida eleitoral realmente inicie. 

Até mesmo a formação de alianças se consolida, em diversos casos, com base nesses cenários especulativos. Um dos principais combustíveis para esses debates são as pesquisas de opinião, que recebem todo tipo de interpretação, ao sabor dos desejos e preferências políticas. 

A expectativa de vitória de um candidato é, em grande parte, alimentada pelos resultados das pesquisas de intenção de voto, sobretudo as de caráter quantitativo. Esses instrumentos de aferição da opinião popular são parte importante do processo eleitoral nas democracias, justamente por servirem de base para a formulação de estratégias de campanha, prospecção de apoios e recursos. 

O eleitor também costuma expressar interesse em saber para que lado se direciona a opinião pública e acaba tendo nas pesquisas o “termômetro” do clima eleitoral e das chances do seu candidato sagrar- -se vencedor. É em razão desse olhar do cidadão sobre as pesquisas de intenção de voto que surge a tese do voto útil – aquele que é decidido não pela preferência por um determinado competidor, e sim por aquele que aparenta ter maior chance de ganhar, ou de derrotar alguém a quem se deseja “punir” nas urnas. 

O uso dessas mensurações pelas candidaturas –declarando a vitória ou a derrota antecipadamente  e a verificação do seu grau de acerto após a votação são aspectos relevantes do debate sobre os impactos das pesquisas de intenção de voto nas eleições e na democracia, de forma mais ampla. Em diversos momentos, as pesquisas foram questionadas sobre o grau de confiança acerca do que revelam. 

Mas é o seu poder de influenciar a opinião que mais gera incômodos. Hoje os grandes institutos no Brasil e no mundo aperfeiçoaram a forma de coletar, processar e interpretar as informações, assim como passaram a ter como concorrentes formas alternativas de mensurar as intenções de voto, certamente não tão robustas, mas práticas, céleres e acessíveis, que circulam nas redes sociais e adquirem, rapidamente, o status de verdade. Ganharam força enquetes em blogs, sites e perfis nas redes sociais. 

A complexidade do processo eleitoral no momento atual, em que pesam fatores como a pandemia, novas regras eleitorais e a migração das campanhas para o universo virtual, não anula o peso das pesquisas. Ao contrário, nesse quebra cabeça que é desvendar as preferências do eleitor e os caminhos mais eficazes para acessá-las, medir as intenções e o direcionamento das escolhas permanece uma tarefa grandiosa. 

Esses instrumentos de aferição da opinião popular são parte importante do processo eleitoral

 Priscila Lapa, cientista política 




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