A presidente Dilma Rousseff decidiu
afastar Graça Foster da presidência da Petrobras e já a avisou sobre a
sua saída. Ficou no cargo mais do que devia. Na semana passada, e pode
ter sido a gota d´agua que faltava, Foster errou em não fazer constar no
balanço os prejuizos causados à estatal pela corrupção que escandaliza a
petroleira, levando-a a perder prestígio no exterior.
Há poucos dias, o
jornal inglês Financial Times, em editorial, foi implacável e relatou o
caso da Petrobras, chegando à conclusão, que não está incorreta, que o
governo Dilma ficou balançado. Até hoje não se entende como, durante
tanto tempo, a corrupção penetrou na estatal e seus diretores estavam no
mundo da lua, sem saber o que acontecia. Três deles, já afastados,
comandavam a orgia.
Outros diretores ainda continuam por lá, quando, na
verdade, o Palácio do Planalto tinha o dever de afastar todos,
absolutamente todos, mas, por ser amiga de Graça Foster desde a época
que presidiu o Conselho de Administração, Dilma Rousseff se tornou
amiga. Agora entendeu que já não dava mais. A petroleira brasileira
desceu a ladeira sem que o governo desse conta do que acontecia. Graça
Foster já vai tarde. Muito tarde.
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