quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

O sistema mental determinante da inveja

 ARTIGO DO:



A inveja, como um fato clínico, é originária da intensificação do ódio, sendo mobilizada pela pulsão de morte voltada contra o próprio sujeito invejoso. 


O ódio tem como consequência o distanciamento de contato do invejoso com seu próprio ser. Uma situação que levaria ao esvaziamento do self, caso não surgisse a inveja como medida compensatória ao esvaziamento, sob a forma de sensorialidade.
 
Trata-se da sensorialidade do ódio dirigido ao que evoca as insuficiências do invejoso, tendo em vista remover a fonte de seus sofrimentos. O ódio ao beneficiário do que é desejado substitui o ódio do invejoso contra si próprio. Tal sensorialidade tem por finalidade manter algo a respeito da validade e da bondade do sujeito invejoso. O autor considera que desse modo não é necessário alterar os elementos básicos da concepção kleiniana clássica de inveja.

Considerada uma disposição de espírito, a inveja foi definida por Spinoza (1999) como “o ódio que afeta o homem de tal modo que ele se entristece com a felicidade de outrem e, ao contrário, se alegra com o mal de outrem”.

O catolicismo considera a inveja como um dos sete pecados capitais, uma vez que ela constitui a fonte de outros pecados.  Para o cristianismo, esse sentimento baixo e ignóbil é inaceitável.

Por Sr. CARIRI 

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