sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

SAUDADE DA CAMPANHA POLÍTICA

Ao longo dos meus 73 anos, passei por muitas campanhas políticas. Vovó me levava, eu ainda muito criança, para os comícios de Cid Sampaio e Miguel Arraes. (sou muito novo, não) Naquele tempo tudo era diferente de hoje. Viví e aprendi com o que ví. 
Até chegar aqui, fui personagem da locução, dos guias eleitorais, das entrevistas, das apresentações e de milhares de viagens. Hoje com a neve do tempo na cabeça, não participo é de nada, só relembro o passado colocando em dia as histórias, quando fui útil, pois a juventude é a melhor coisa do mundo. 

É isso aí

Conheci candidatos mansos e outros esculhambando os adversários. Ao mesmo tempo as campanhas tinham muito folclore, não eram ideológicas.

Dentro deste retrato as coisas não mudaram muito, não. Hoje ainda tem gente partidária que dá uma de coronel sem farda, só prá mostrar sua força política, que por sinal não existe mais, é folclore. Os coronéis estão desaparecendo,(ou já desapareceram) porém os filhos deles, estão aí, são doutores, com os mesmos pensamentos dos patriarcas.

DEIXA ISSO PRÁ LÁ, VAMOS FALAR DE COISA BOA

Saudade da campanha política. Das músicas, dos discursos, dos arrastões, das caminhadas, dos carros de som. Do moído popular, das namoradas conquistadas. Das apostas do Claudio, ganhando todas. Saudade da campanha política com encontro e discussão nos bares. Saudade das noitadas. Saudade dos discursos de Samuel enunciando verdades. 


Legal demais em cidade pequena, cujo divertimento é só de dois em dois anos, quando chega novamente outra campanha política. 

Dr. Ozano que o diga, dá trabalho que só a peste. Quando chega o Acabou... Acabou... Acabou... pense numa saudade, do tá pegado. 

É gente... é gente... é gente... é um muído bom da gôta serena,  principalmente quando nosso candidato ganha. 

















Sr. CARIRI

Fotos Fagner


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