terça-feira, 1 de dezembro de 2020

A eleição de 2022 em PE


O atual prefeito de Petrolina obteve consagradora votação para a sua reeleição. Por consequência, adquiriu condições de estar na disputa estadual, para governador. Em termos proporcionais, até que se parece, Douglas arrasou em Angelim e poderá estar na disputa para deputado estadual. O povo já está se movimentado.

O sucesso eleitoral de João Campos coloca no tabuleiro eleitoral de 2022, o atual prefeito do Recife. Era previsível a sua entrada. A não ser que o PSB tivesse perdido a eleição na capital pernambucana. Geraldo Júlio é o grande vencedor da eleição do Recife. O atual prefeito da capital é um natural candidato a governador. 

O desempenho de Geraldo Júlio em 2022, caso ele venha a ser candidato ao governo, depende, fortemente, de três variáveis: 1) Popularidade do governo Paulo Câmara; 2) Popularidade de João Campos; 3) Conjuntura nacional. Se a popularidade do atual governador de Pernambuco estiver alta, condições favoráveis para Geraldo. Caso não, condições não favoráveis. Raciocínio semelhante ao considerar a popularidade de João Campos. A conjuntura nacional não só interferirá numa possível candidatura de Geraldo Júlio. Miguel Coelho, outro provável candidato a governador, também sofrerá forte interferência da eleição presidencial. 

O atual prefeito de Petrolina obteve consagradora votação para a sua reeleição. Por consequência, adquiriu condições de estar na disputa estadual. Porém, com qual candidato a presidente ele estará? Geraldo Júlio disputará a eleição com o apoio de Ciro Gomes. O candidato do PDT a presidente terá expressiva força eleitoral? Anderson Ferreira, prefeito de Jaboatão dos Guararapes, é outro provável candidato ao governo do Estado. 

A composição entre Miguel e Anderson, já que existe uma vaga para o Senado a ser preenchida, é, neste instante, a opção ótima para o gestor metropolitano. A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, também disputa espaço com Anderson e Miguel. Não vislumbro três candidatos da oposição. Não é estratégia ótima. A depender da conjuntura nacional, a estratégia ótima para a oposição, é a presença de, no máximo, dois candidatos. No campo oposicionista estão também Mendonça Filho e o professor Lupércio. O primeiro, candidato natural ao Senado. 

O segundo, em razão da expressiva vitória no 1° turno em Olinda, e da candidatura de Miguel Coelho, é opção para o cargo de vice- -governador. E Marília? É a opção natural do PT em razão do seu desempenho na eleição 2020, do provável rompimento do PT com o PSB e da candidatura do PT à presidência da República. Dos candidatos postos, quem é o favorito? A conjuntura nacional, em 2022, é a variável mais adequada para sugerir o favoritismo de algum competidor.

 Adriano Oliveira, doutor em Ciência Política. Professor Associado do Departamento de Ciência Política da UFPE.

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