sexta-feira, 24 de abril de 2015

Possível instituição do “voto distrital” gera divergências entre vereadores de JP

Pela proposta inicial aprovada no Senado, o número de distritos do município será igual ao número de vagas da Câmara Municipal.

fachada-câmara-joão-pessoaO projeto de lei aprovado no Senado que institui o voto distrital para a eleição de vereadores nos municípios brasileiros com mais de 200 mil eleitores tem causado repercussão na Câmara Municipal de João Pessoa.
Nesta quinta-feira (23) alguns parlamentares se manifestaram acerca da proposta, que pode mudar de ponta cabeça a atual composição da Casa Napoleão Laureano depois das eleições de 2016.
De saída do PDT, o vereador de oposição Raoni Mendes acredita que o modelo ideal de representação seria a eleição dos 27 mais votados, respeitando o princípio da maioria dos sufrágios.
“Eu não tenho dificuldade de disputar em qualquer circunstância. Esse formato atual não representa a maioria da sociedade, candidatos com votações superiores terminam não chegando ao mandato. Isso é muito ruim para a democracia”, disse Raoni.
O vereador governista, João Corujinha, do PSDC, acha que a mudança será benéfica porque o vereador ficará mais próximo da sua comunidade de atuação.
“Para quem tem ligação com o seu bairro será favorecido. Eu sempre fui majoritário em Mangabeira”, afirmou Corujinha.
Já o vereador Renato Martins (PSB) acredita que ainda há muitas coisas que precisam ser esclarecidas nas mudanças.
“Defendo tudo o que gera a proximidade do parlamentar com eleitor. Mas é preciso explicar como seriam divididas as regiões, quantas seriam. Esses detalhes é que precisam ser resolvidos.”, declarou Martins.
O socialista se manifestou contra a proposta de lista fechada.
“Só não dá pra aceitar lista fechada, porque aí quem elege é o presidente do partido, não o povo”, afirmou Renato.
O projeto
Pela proposta inicial aprovada no Senado, o número de distritos do município será igual ao número de vagas da Câmara Municipal. Cada partido fica autorizado a registrar apenas um candidato por distrito.
A ideia do Congresso Nacional é que o texto seja aprovado pelos deputados até outubro, a tempo de valer para as eleições municipais de 2016.

 

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