Avó paterna da criança foi mandante de chacina de Poção-PE, diz Polícia
Bernadete
teria recebido ajuda de um advogado que foi diretor da penitenciária de
Arcoverde para contratar os executores. Também foi indiciado um homem
que teria feito a ponte com os acusados de atirar nas vítimas. A polícia
concluiu também quem foram os autores do crime — um deles está preso em
Caruaru, no Agreste, e o outro está foragido. Outros dois homens deram
suporte e facilitaram a fuga dos assassinos. Dos sete indiciados, apenas
esse suspeito de ser um dos atiradores está foragido.O
crime foi planejado desde 2014, de acordo com a polícia. Na ocasião da
chacina, no último 6 de fevereiro, três conselheiros tutelares e uma
mulher de 62 anos — avó materna da neta de Bernadete Rocha — foram
mortos no sítio Cafundó, em Poção. A única sobrevivente da chacina foi a
neta de Bernadete, uma criança de três anos. A avó paterna é acusada
ainda de ter matado a mãe da criança por envenenamento, em dezembro de
2012.
De acordo com investigações, o crime vinha sendo planejado desde 2014.
Sete
pessoas foram indiciadas pela chacina que aconteceu em Poção, no
Agreste do estado, em fevereiro deste ano, e que resultou na morte de
três conselheiros tutelares da cidade e de uma mulher de 62 anos.
As
conclusões do inquérito foram divulgadas nesta segunda-feira (20), no
Recife. Para a polícia, a oficial de justiça Bernadete de Lourdes Brito
Siqueira Rocha, avó paterna da única sobrevivente da chacina – uma
menina de 3 anos -, foi a mandante do crime, motivado pelo interesse na
guarda da criança. “São dois motivos: primeiro a guarda da criança, que
era uma disputa muito firme entre as duas familias. E também desavenças,
ameaças mútuas, inclusive agressões verbais e físicas”, diz o delegado
Erick Lessa.
Bernadete
Rocha teria pago R$ 45 mil pelo crime, e tinha ainda a intenção de
matar todos os parentes maternos que pudessem impedi-la de ficar com a
guarda da neta, de acordo com a investigação, que foi concluída em pouco
mais de dois meses.
O
Ministério Público de Pernambuco vai encaminhar a denúncia ao
Judiciário. O destino da menina ainda não foi definido. “Aquela criança
presenciou as quatro mortes e, esteve, até a chegada da Polícia Militar e
do Samu, imóvel, abraçada ao corpo da avó. Ela precisa de proteção do
estado, de assistência familiar, mas isso será verificado
oportunamente”, detalhou a promotora de Justiça Ana Clézia Ferreira
Nunes.
Os
sete acusados responderão por quatro homicídios duplamente qualificados
e podem pegar até 210 anos de prisão. O pai da criança, que chegou a
ser preso por suspeita de envolvimento com o crime, não foi indiciado. A
investigação acredita que ele foi envolvido no crime pela própria mãe,
mas não sabia de nada.
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