terça-feira, 21 de abril de 2015

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Avó paterna da criança foi mandante de chacina de Poção-PE, diz Polícia

Bernadete
Erick Lessa DelegadoBernadete teria recebido ajuda de um advogado que foi diretor da penitenciária de Arcoverde para contratar os executores. Também foi indiciado um homem que teria feito a ponte com os acusados de atirar nas vítimas. A polícia concluiu também quem foram os autores do crime — um deles está preso em Caruaru, no Agreste, e o outro está foragido. Outros dois homens deram suporte e facilitaram a fuga dos assassinos. Dos sete indiciados, apenas esse suspeito de ser um dos atiradores está foragido.O crime foi planejado desde 2014, de acordo com a polícia. Na ocasião da chacina, no último 6 de fevereiro, três conselheiros tutelares e uma mulher de 62 anos — avó materna da neta de Bernadete Rocha — foram mortos no sítio Cafundó, em Poção. A única sobrevivente da chacina foi a neta de Bernadete, uma criança de três anos. A avó paterna é acusada ainda de ter matado a mãe da criança por envenenamento, em dezembro de 2012.


De acordo com investigações, o crime vinha sendo planejado desde 2014.
Sete pessoas foram indiciadas pela chacina que aconteceu em Poção, no Agreste do estado, em fevereiro deste ano, e que resultou na morte de três conselheiros tutelares da cidade e de uma mulher de 62 anos.

As conclusões do inquérito foram divulgadas nesta segunda-feira (20), no Recife. Para a polícia, a oficial de justiça Bernadete de Lourdes Brito Siqueira Rocha, avó paterna da única sobrevivente da chacina – uma menina de 3 anos -, foi a mandante do crime, motivado pelo interesse na guarda da criança. “São dois motivos: primeiro a guarda da criança, que era uma disputa muito firme entre as duas familias. E também desavenças, ameaças mútuas, inclusive agressões verbais e físicas”, diz o delegado Erick Lessa.
Bernadete Rocha teria pago R$ 45 mil pelo crime, e tinha ainda a intenção de matar todos os parentes maternos que pudessem impedi-la de ficar com a guarda da neta, de acordo com a investigação, que foi concluída em pouco mais de dois meses.
O Ministério Público de Pernambuco vai encaminhar a denúncia ao Judiciário. O destino da menina ainda não foi definido. “Aquela criança presenciou as quatro mortes e, esteve, até a chegada da Polícia Militar e do Samu, imóvel, abraçada ao corpo da avó. Ela precisa de proteção do estado, de assistência familiar, mas isso será verificado oportunamente”, detalhou a promotora de Justiça Ana Clézia Ferreira Nunes.
Os sete acusados responderão por quatro homicídios duplamente qualificados e podem pegar até 210 anos de prisão. O pai da criança, que chegou a ser preso por suspeita de envolvimento com o crime, não foi indiciado. A investigação acredita que ele foi envolvido no crime pela própria mãe, mas não sabia de nada.

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