O Comitê Popular da Copa, organização brasileira que protesta contra violações de direitos humanos cometidas em nome do Mundial, promete fazer um dia inteiro de manifestações em todas as cidades-sedes e em várias cidades no mundo na próxima quinta-feira.(15)
Será a primeira vez que as ações serão articuladas também em nível internacional. Cidades como Londres, Paris e Madri estão programadas para receber atos na quinta.
De acordo com os organizadores, as ações fora do país serão lideradas por redes de cooperação internacional com as quais os ativistas brasileiros mantêm diálogo, como a rede "Occupy Wall Street", entre outras.
Em São Paulo, a manifestação está marcada para a Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, no início do horário de pico, às 17h.
"A principal bandeira de luta do dia será a garantia da liberdade de manifestação antes, durante e depois da Copa. Os organizadores entendem que este direito constitucional está ameaçado por uma série de leis anti-manifestação e pelo recrudescimento das forças policiais", afirmaram os manifestantes em nota divulgada à imprensa.
Entre as razões para as manifestações estão também "as 8 mortes de trabalhadores na construção das arenas do Mundial; a remoção forçada de 250 mil pessoas por conta de obras; a proibição do trabalho ambulante e de artistas independentes pela Lei Geral da Copa; a violência cometida contra a população em situação de rua; a elitização dos estádios e a privatização do espaço publico."
Na madrugada desta segunda-feira, um grupo de encapuzados apedrejou a embaixada brasileira em Berlim na Alemanha. O grupo protestava contra os gastos para o Mundial.
A organização do Comitê Popular da Copa não soube informar se essa ação em Berlim tem relação com os protestos planejados para quinta-feira.
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