O presidenciável socialista foi sabatinado por cinco jornalistas
Eduardo Campos participou do Roda Viva nesta segunda-feira. Foto: TV Cultura/Reproducao |
O pré-candidato à Presidência da República pelo PSB, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, concedeu entrevista nesta segunda-feira, das 22h às 23h30, ao programa Roda Viva, da TV Cultura, e fez duas promessas, principais, caso seja eleito: reduzir pela metade o número de ministérios e colocar os caciques da velha política na oposição. O socialista voltou a elevar o tom contra o governo Dilma e a afagar o antigo aliado, o ex-presidente Lula, ao falar das conquistas do governo do líder petista. Também reconheceu avanços no governo FHC, falou da inexistência de acordos com o PSDB, caso não chegue ao segundo turno, e respondeu questionamentos sobre temas polêmicos, como drogas, aborto e união homoafetiva. Confira alguns trechos:
Dilma e Lula
Brasil vinha melhorando e parou de melhorar. O presidente Fernando Henrique Cardoso ajudou o Brasil a avançar e o governo Lula proporcionou mudanças que possibilitaram 40 milhões de pessoas virassem consumidores. Mas o fato é que nos últimos três anos houve uma expectativa extraordinária de que Dilma pudesse fazer o país avançar e isso não ocorreu. Ela se enrolou no novelo da velha política.
Acordo com o PSDB
Não tenho acordo com nenhuma candidatura... Não vou falar de uma eleição de dois turnos sem ter disputado o primeiro. O importante é que há um ano ninguém imaginava que essa eleição pudesse ter dois turnos. Após as manifestações, essa possibilidade já passou a ser real, mas as pessoas sempre viam Dilma no segundo turno. Hoje nem ela tem essa certeza de que estará lá.
Temas polêmicos
Minhas posições sobre aborto, drogas e união homoafetiva são conhecidas. Acho que a legislação sobre aborto existente é suficiente. Sobre as drogas, num país devastado pela praga do crack, temos que ampliar a defesa das fronteiras e o número de policiais federais. Acho que o principal não é legalização ou não da maconha. Sobre o outro tema, minhas posições contra a homofobia são muito claras e defendo a proteção de todos os direitos. Não podemos discriminar nenhum cidadão.
Velha política
A sociedade vai fazer a sua parte e ajudar a encontrar homens e mulheres que possam substituir aquelas pessoas que já sugaram tudo que tinham para sugar do Brasil. Os que permanecerem, temos que ter coragem de colocá-los na oposição. Vou implantar um modelo de gestão com metas, vamos cortar pela metade o número de ministérios. Sei que é difícil, conheço o parlamento. Mas um governo que tem alta aprovação, como o meu teve em Pernambuco com mais de 80%, certamente terá o apoio do parlamento.
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