Conviver com a falsidade não é tarefa fácil e requer firmeza nas atitudes
Pessoa fofoqueira, de sorriso largo, mas ama criticar pelas costas, distorcendo a vida e as atitudes dos outros. Como lidar com alguém assim? E quando esse alguém faz parte de sua família? Segundo a psicóloga Marina Vasconcellos, o distanciamento é o melhor remédio.
“Quando identificar que uma pessoa é
falsa, o ideal é não se aproximar, não se abrir, não contar coisas sobre
a sua vida que não gostaria que contasse para outras pessoas. Pode até
mesmo cortar relações.”
Mas, ainda que essa pessoa falsa
pertença ao mesmo grupo de amigos é possível manter a convivência. “Dá
para permanecer no relacionamento, mas mantendo distância daquela
pessoa. Não é preciso sair do grupo, mas é necessário ter cuidado para
não se aprofundar nos assuntos quanto estiver perto dela.”
Marina ressalta que essa convivência não
é obrigatória, mas pode ser mantida sem muito envolvimento. “O ser
humano não é obrigado a conviver com todas as pessoas da mesma forma,
sempre terá mais empatia por uma que por outra. Mas é importante dizer
que é possível manter uma relação social e superficial, sabendo até onde
se colocar, mantendo sua intimidade, para não correr o risco de
contarem de forma distorcida para outras pessoas.”
Falsidade em família
A situação fica ainda mais complicada
quando a falsidade reina entre os familiares. Contudo, Marina enfatiza
que, nessa circunstância, é necessária a convivência. “Isso porque as
pessoas estão sempre juntas em festas e reuniões familiares, porém, tem
que se preservar. É triste a constatação, mas é real: há casos em que a
melhor coisa é se distanciar, porque a pessoa não é digna de confiança, e
isso também acontece entre familiares. É melhor uma relação
superficial, para ser possível conviver socialmente, mas não dá para ter
uma relação com a pessoa.”
A psicóloga finaliza destacando que
lidar com pessoas falsas é muito difícil. “Elas são manipuladoras, por
isso, se tentar desmascará-las, será sua palavra contra a delas. Pode
ser que as pessoas acreditem, mas em alguma hora, a máscara cai. Se o
grupo acreditar naquela que é falsa, é ótimo para saber que tipo de
pessoa é amigo dela. É positivo quando há essa distância das duas
pessoas.”
Transcrito da UNIVERSAL
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