quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Cagepa faz balanço positivo de primeiro mês de racionamento em Campina Grande

Resultado de imagem para imagem de racionamento de água em campina grande Um mês e meio após o início do racionamento em Campina Grande e mais oito cidades e dois distritos abastecidos pelo açude Epitácio Pessoa (Boqueirão), a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) faz um balanço positivo das medidas adotadas na região. Segundo o diretor de Operação e Manutenção, José Mota Victor, em dezembro, a Companhia conseguiu reduzir em 18,57% a vazão do manancial em relação ao mês anterior. 

Em um mês de racionamento, a Cagepa deixou de retirar 511 mil m³ de água, uma economia necessária para, gradativamente, tentar conter a queda no volume do Boqueirão. Os dados de janeiro estão sendo compilados e devem ser divulgados no início de fevereiro.
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“Há uma contribuição muito grande por parte da comunidade e, por isso, avaliamos como extremamente positivo esse primeiro mês de racionamento. Nós estamos verificando todos os pontos frágeis do racionamento, intensificando a fiscalização contra ligações clandestinas, verificando sangramentos de adutoras e tentando otimizar o conserto de vazamentos”, disse o diretor. 

Desde o dia 6 de dezembro, o racionamento está sendo executado das 17h de cada sábado e encerrado às 5h das segundas-feiras. A medida faz parte do plano de contingência da Cagepa, elaborado a partir de pedido do Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Campina Grande. O documento relaciona 13 ações que estão sendo tomadas desde o início de 2013 e agora serão intensificadas pela Companhia para evitar desperdício e incentivar o uso consciente e racional da água na região. 

Juntamente com equipes do Ministério Público e representantes da Câmara Municipal de Campina Grande, da Assembleia Legislativa, da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa) e da Agência Nacional das Águas (ANA), durante dois anos a Cagepa monitorou o açude Boqueirão e ficou estabelecido que quando o manancial atingisse o nível de 100 milhões de m³, seria iniciado o processo de racionamento. 
“Tudo foi elaborado de forma que não prejudicasse muito a população, estabelecendo o fim de semana para aplicar a medida, um período que não traz grandes complicações para a economia da região polarizada de Campina Grande. Não existem reclamações e o processo está sendo conduzido com bastante competência pela Cagepa. Vamos seguir e aguardar o resultado das precipitações pluviométricas em 2015 para voltarmos a analisar a situação de Campina Grande”, explicou José Mota. 

Ainda segundo o diretor, a responsabilidade do racionamento é da Cagepa, mas a população pode ajudar no processo de economia da água, já que é um bem essencial a todos. Pequenas mudanças e atitudes podem fazer a diferença na vazão do manancial, mas principalmente no bolso dos consumidores. “A primeira providência é verificar se existe algum vazamento no interior da residência; consertar uma torneira pingando ou vazamento imperceptível na caixa de descarga já ajuda bastante. As pessoas também devem evitar regar as plantas e lavar calçadas e veículos com mangueiras; use um balde e a economia será notável”, pontuou.


Resultado de imagem para imagem de racionamento de água em campina grandeO Açude Epitácio Pessoa abastece a região através de dois sistemas: o sistema integrado de Campina Grande – que abrange os municípios de Campina Grande, Barra de Santana, Caturité, Queimadas, Pocinhos, Lagoa Seca, Matinhas, São Sebastião de Lagoa de Roça, Alagoa Nova e os distritos de São José da Mata e Galante – e o sistema adutor do Cariri – que abrange os municípios de Boqueirão, Juazeirinho, São Vicente do Seridó, Pedra Lavrada, Cubati, Olivedos, Boa Vista, Soledade, Cabaceiras, Sossego e o Distrito de Seridó. O sistema do Cariri não entra no racionamento, apenas nas outras ações do plano de contingência.

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