Em um mês de racionamento, a Cagepa deixou de retirar 511 mil m³ de
água, uma economia necessária para, gradativamente, tentar conter a
queda no volume do Boqueirão. Os dados de janeiro estão sendo compilados
e devem ser divulgados no início de fevereiro.
“Há uma contribuição muito grande por parte da comunidade e, por
isso, avaliamos como extremamente positivo esse primeiro mês de
racionamento. Nós estamos verificando todos os pontos frágeis do
racionamento, intensificando a fiscalização contra ligações
clandestinas, verificando sangramentos de adutoras e tentando otimizar o
conserto de vazamentos”, disse o diretor.
Desde o dia 6 de dezembro, o racionamento está sendo executado das
17h de cada sábado e encerrado às 5h das segundas-feiras. A medida faz
parte do plano de contingência da Cagepa, elaborado a partir de pedido
do Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria de Justiça de
Defesa do Consumidor de Campina Grande. O documento relaciona 13 ações
que estão sendo tomadas desde o início de 2013 e agora serão
intensificadas pela Companhia para evitar desperdício e incentivar o uso
consciente e racional da água na região.
Juntamente com equipes do Ministério Público e representantes da
Câmara Municipal de Campina Grande, da Assembleia Legislativa, da
Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa) e da Agência
Nacional das Águas (ANA), durante dois anos a Cagepa monitorou o açude
Boqueirão e ficou estabelecido que quando o manancial atingisse o nível
de 100 milhões de m³, seria iniciado o processo de racionamento.
“Tudo foi elaborado de forma que não prejudicasse muito a população,
estabelecendo o fim de semana para aplicar a medida, um período que não
traz grandes complicações para a economia da região polarizada de
Campina Grande. Não existem reclamações e o processo está sendo
conduzido com bastante competência pela Cagepa. Vamos seguir e aguardar o
resultado das precipitações pluviométricas em 2015 para voltarmos a
analisar a situação de Campina Grande”, explicou José Mota.
Ainda segundo o diretor, a responsabilidade do racionamento é da
Cagepa, mas a população pode ajudar no processo de economia da água, já
que é um bem essencial a todos. Pequenas mudanças e atitudes podem fazer
a diferença na vazão do manancial, mas principalmente no bolso dos
consumidores. “A primeira providência é verificar se existe algum
vazamento no interior da residência; consertar uma torneira pingando ou
vazamento imperceptível na caixa de descarga já ajuda bastante. As
pessoas também devem evitar regar as plantas e lavar calçadas e veículos
com mangueiras; use um balde e a economia será notável”, pontuou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário