quinta-feira, 3 de julho de 2014

Historiador afirma Futebol vai crescer nos EUA


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Torcedores acompanham jogo dos Estados Unidos. Esportes considerados "não-americanos" vêm ganhando força no segmento jovem

"O futebol vai continuar a crescer nos Estados Unidos para desespero dos conservadores", diz o historiador americano Peter Beinart, professor de Ciência Política na Universidade da Cidade de Nova York (CUNY).
"A mesma coligação que elegeu Obama duas vezes adora futebol: imigrantes, especialmente hispânicos, jovens com menos de 30 anos, mães que têm filhos que jogam futebol na escola e progressistas, que querem se sentir mais participantes do mundo", diz o historiador.
Em artigo para a revista "The Atlantic", Beinart, 43, responde à colunista ultraconservadora Ann Coulter, que diz que o sucesso do futebol "representa a decadência moral da América".
 
Resistência

Segundo o pesquisador, a audiência dos canais que estão exibindo a Copa (ABC, Espn e Univision) já superou finais de esportes tradicionais. "Os jovens americanos, os imigrantes, os hispânicos e os progressistas são menos resistentes a esportes 'não-americanos'", pontua.
 
Aliança de Obama

Para o pesquisador, muitos americanos querem uma relação diferente com o mundo. "Historicamente, a política externa conservadora oscilou entre o isolacionismo e o imperialismo. Ou nos mantemos afastados do mundo ou mandamos. Não pode ser entre iguais, sob as mesmas leis dos demais", explica, para, em seguida, acrescentar: "esse é o ponto de Ann Coulter. Os EUA só jogam entre si, seja beisebol, futebol americano ou basquete. Quando jogamos com outros países nesses três, dominamos. Abraçar o futebol significa abraçar nosso papel de um país no meio de vários outros, sem privilégios", argumenta.

O historiador conclui afirmando que conservadores veem no futebol algo elitista e estrangeiro. "O coração da crítica dela é que ao se encantar com o futebol, os EUA estariam virando 'parte do resto do mundo'".

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