Grupo participava de Conferência Mundial sobre a doença em Melbourne, na Austrália
O Boeing 777 da Malaysia Airlines, que sofreu uma queda no território da
Ucrânia, tinha 108 cientistas e pesquisadores que iam assistir à 20ª
Conferência Mundial de Aids, em Melbourne, na Austrália, segundo alguns
jornais do país. A elite intelectual seria parte majoritária dos 298
tripulantes que morreram no episódio.
Um dos pesquisadores, Joep Lange, foi presidente da Sociedade
Internacional de Aids, entre 2002 e 2004, e atualmente atuava como
diretor do Departamento de Saúde do Centro Acadêmico de Medicina da
Universidade de Amsterdã. Recentemente, o pesquisador divulgou um estudo
que demonstra, pela primeira vez, como um composto probiótico poderia
atuar no vírus HIV.
Em 2001, Lange criou a PharmAccess, uma fundação sem fins lucrativos
cujo objetivo era melhorar o acesso aos medicamentos e tratamentos da
Aids em países pobres. O pesquisador contribuiu no desenvolvimento de
terapias combinadas a preços acessíveis, e em meios de prevenir a
transmissão do vírus da mãe para o bebê.
David Cooper, professor
da Universidade de New South Wales, em Sidney, afirmou à agência Reuters
que Lange tinha um compromisso absoluto com a pesquisa contra a doença e
dava atenção especial aos países da Ásia e África.
- Ele nunca aceitava algo como impossível.
A
Sociedade Internacional de Aids, que organizou a conferência, expressou
suas condolências pela morte dos pesquisadores e afirmou que irá
cooperar com as autoridades.
“Em reconhecimento à dedicação dos
nossos parceiros na luta contra o HIV/ Aids, a conferência vai continuar
como planejado e vai incluir oportunidades para refletir e lembrar
aqueles que perdemos”, afirmou em nota.
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