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Rosimere Bizaria |
sexta-feira, 15 de agosto de 2025
Suspeita de executar conselheira tutelar é capturada no Piauí
quarta-feira, 13 de agosto de 2025
UM DIA DE CAÍQUE NA FEIRA DE ANGELIM
E claro… já garanti a feira da semana — porque eu não sou nem besta"! Concluiu o Galeguinho.
Até o caldo de cana que aumenta a energia, fortalece o sistema imunológico, Caíque bebeu com um pastel de massa fina recheada.
Pois bem.
Na busca de melhor atender o interesse público, o Município de Angelim, durante a gestão do ex-prefeito Douglas Duarte, com pioneirismo, conseguiu formalizar o relevante serviço destinado ao traslado dos feirantes angelimenses por meio do Processo Licitatório nº 014/2022 – PMA, Pregão Eletrônico nº 009/2022 – PMA, resultando na celebração do Contrato nº 038/2022 – CPLC.
Visando ainda ampliar as ações decorrentes do serviço em questão, houve, no corrente ano, a ampliação do objeto para atender aos feirantes residentes nas comunidades rurais dos Sítios Lança, Cavaco, Palha, Mutamba, Peri-Peri e Riacho do Mel, através de termo aditivo contratual.
Logo, não houve supressão alguma de qualquer rota que seja. Ao revés, o que ocorreu, verdadeiramente, foi a difusão do serviço.
Cumpre registrar que os veículos utilizados para o traslado dos feirantes, guarda proporção com o número de usuário observado em cada comunidade, de maneira individualizada. Isto implica dizer que para localidades com maior fluxo de pessoas, utilizam-se automóveis maiores, e de outra banda, para lugares menos populosos, destinam-se veículos de menor porte, mas, ressalte-se, todos adequados e seguros, de modo que atendem à necessidade de serviço regularmente.
Portanto, acreditando que a verdade e a transparência sempre prevalecerão, a Prefeitura Municipal de Angelim fica à inteira disposição de qualquer interessado, inclusive, do ilustre parlamentar, para sanar dúvidas e apresentar informações sobre o serviço ora evidenciado".
DEPUTADO VALDEMAR OLIVEIRA É UM "DESPACHANTE" DO PREFEITO CAÍQUE
O deputado federal Waldemar Oliveira, destacou seu compromisso com as pautas voltadas para Angelim, reforçando sua atuação como defensor direto das demandas da Prefeitura.
Ele ainda definiu o papel do parlamentar como representante, se referindo que é um "despachante" do prefeito de Angelim, sobre as aspirações do povo angelinense.
terça-feira, 12 de agosto de 2025
GESTÃO DO PREFEITO CAÍQUE SAI DO ANALÓGICO E EVOLUI PARA A MODERNIDADE DIGITAL
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Analógico 1970 |
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Digital |
Após 55 anos, estamos na era digital.
Já dizia o grande pernambucano, Chacrinha.
A falta de comunicação pode levar a problemas e dificuldades.
segunda-feira, 11 de agosto de 2025
OS TRUNFOS DE JOÃO CAMPOS E RAQUEL LYRA PARA 2026
Por Roberto Almeida
Raquel Lyra (PSD) e João Campos (PSB) devem protagonizar, em 2026, a disputa política do século.
Os dois são de família de tradição política, vitoriosos na vida pública e vão chegar à campanha fortes, ambos com trunfos nas mãos.
João lidera todas as pesquisas, mas ainda é muito cedo para cantar vitória.
Raquel tem apoio do maior número de prefeitos e a máquina do estado nas mãos.
A governadora começou na vida pública no PSB. Foi deputada estadual e secretária do estado filiada ao Partido Socialista.
Em 2016, já no PSDB se elegeu prefeita de Caruaru, tendo sido reeleita em 2020 com folga.
Deixou o cargo no segundo mandato para se eleger governadora em 2022, vencendo no segundo turno a então deputada federal Marília Arraes (Solidariedade).
João se elegeu deputado federal bastante jovem, tendo sido o mais votado para a Câmara na eleição de 2018.
Dois anos depois, com menos de 30 anos, se elegeu prefeito do Recife.
Foi reeleito em 2024 com 78% dos votos.
É bom político, reconhecido como gestor (tem alta aprovação como prefeito da capital), o verdadeiro herdeiro político de dois dos governadores mais populares de Pernambuco: Eduardo Campos, que era seu pai, e Miguel Arraes, seu bisavô.
O pai e o avô de Raquel, João Lyra Neto e João Lyra Filho, também foram prefeitos de Caruaru.
Neto, por sinal, foi vice de Eduardo Campos, filiado ao PSB.
Embora tenha sido do Partido Socialista, todo o discurso de Raquel é em cima do PSB, que segundo ela destroçou o Estado.
Ela garante estar recuperando Pernambuco, procurando passar a ideia de que a situação atual é melhor do que a passada.
João não bate na governadora. Prefere mostrar o trabalho que realiza no Recife e articular apoios no interior.
Raquel pode virar o jogo, com o apoio da máquina e dos prefeitos.
Mas não vai ser fácil. Para derrotar João, ela tem que conseguir fazer o povo esquecer tudo que Arraes e Eduardo fizeram por Pernambuco.
E não foi pouca coisa.
TEMPO MENINO - Conto inédito de Roberto Almeida
Eu apenas batí um papinho com Roberto Almeida, sobre uma música de Dominguinhos que gosto muito, lembra até um pouco de minha infância. O jornalista Roberto, me dedicou o que chamo de conto. E é!
Quem não pulou cerca e tirou espinhos? Escute Tempo Menino, e saiba.Obrigado parceiro Roberto Almeida
Banho, beira de rio, arapuca no mato. Quando menino pulei cerca e tirei espinhos. Carrapicho nas canelas. Na mão ninho de passarinho. (Tempo Menino, Dominguinhos).
A vila não tinha nem 300 casas. Água, quando Deus mandava. Energia vinha do motor, que vez por outra quebrava e deixava todos no escuro. Com medo de assombração.
No outro dia o sol brilhava, e os meninos corriam pela calçada; um faz de conta sem fim, a inocência, a felicidade de quem não tem de se preocupar com as doenças do mundo ou os preços dos alimentos.
Gostava de sair pelos matos, ver passarinhos, até que um dia uma cobra coral apareceu do nada; foi um medo dos diabos, saiu na carreira.
Aquele dia parece ter ficado marcado. Adulto, sonhava sempre com serpentes assustadoras, cada uma pior que a outra, provocando calafrios, fazendo-o acordar suado.
Um dia os homens chegaram com os postes, espalharam eles pelo chão. Aprendeu a andar de bicicleta em meio a essas transformações.
E corria na chuva, admirava o riacho que se formava quando as águas vinham fortes. Os adultos diziam que elas iam em direção a São Bento. Sem noção de como era esse lugar de nome de santo.
Uma quinta, véspera da feira, chegaram uns parentes da mãe, vindos das bandas de uma cidade chamada Angelim. Achou o nome bonito, a curiosidade de menino imaginando como seria esse recanto recém apresentado aos seus saberes geográficos.
Para sair, viajar, só se fosse no jipe verde, que uma vez o levou, roncando, durante à noite, para um sítio distante; uma viagem que nunca parecia acabar, o sono tomando conta.
Esse era o seu mundo. Jogar futebol, até chegar a idade de frequentar também o sinuca, com as bolas vermelhas, uma branca, outra amarela, preta, roxa...
Os homens crescidos fazendo apostas em redor da mesa verde.
Avôhai não tinha medo das cobras. Um dia apareceu uma, que deve ter vindo na lenha do fogão. Ele a enfrentou com uma chaleira de água fervendo, a bicha entrou pelo ralo, se retorcendo.
No sítio tinha pés de graviola, de manga, caju, pinha, jabuticaba, jaca. Fazia a festa quando ia por lá, levado pelos pais.
Preferia o sítio, as brincadeiras, às missas. Mas ia, levado pelo braço, com medo do padre e do fogo do inverno.
Quando começaram os bailes, os assustados, era pequeno. Os irmãos iam ele ficava só na vontade. Desejava crescer logo e aprender a dançar, se a timidez deixasse.
Com oito anos ouviu na rádio Difusora um cantor mandar tudo pra o inferno. O bispo achou aquilo uma heresia. Em silêncio discordou, achou a música tão bonita.
No ano seguinte a mesma voz voltou com uma história de estar amando a namoradinha do amigo. Ouvia, gostava. Entre quilos de açúcar e barras de sabão.
Chegava um e depois outro, no empório. Procuravam alimento pra rádio, gillette, bombril e fósforos.
E umas mulheres da roça, de lenço na cabeça, querendo café torrado.
Na Semana Santa, quando era proibido tomar banho, a procura era pelo peixe e bacalhau.
Em casa se fazia umbuzada e feijão de coco. Comer carne era pecado. O rádio ficava desligado. Era preciso sofrer, em respeito ao filho de Nosso Senhor.
E tinha uma senhora que corria bicho, falava-se em papa figo, motoristas contavam mentiras falando da Serra das Russas, a caminho do Recife, cidade longe e desconhecida.
Um seresteiro animava a noite com canções de Nelson Gonçalves.
Aos seus olhos (e ouvidos) ele era tão bom quanto o boêmio. Podia também ter sua voz espalhada pelas ondas de rádio.
Aos domingos o campo de futebol - que orgulhosos os moradores da vila chamavam de estádio - ficava rodeado de torcedores.
O time local, com reforços de Garanhuns, fazia bonito, até mesmo contra equipes da capital.
Mané Cabeludo, com seus dribles desconcertantes, deixava todos - principalmente os meninos - encantados.
E Touro marcava gols com uma facilidade que impressionava.
Nos dias de festa tinha direito a roupa nova, calçava sapatos, sentia-se diferente. Como se tivesse crescido um pouco.
Até um cinto botava nas calças. Uma camisa toda colorida que resistiu ao tempo.
Espinhos, quando pequeno, só os do mato, que causavam ferimentos leves, pequenos.
Os outros, piores, só viriam lhe atormentar com o passar dos anos.
O velho mais rico da cidade, seu padrinho, fumava que só uma caipora. Adoeceu gravemente, mas não largou o Continental.
- Os que preferiam o fumo de corda, com aquele cheiro bom, corriam o mesmo perigo?
Lembrava ainda da primeira escola, da professora que sabia tudo, do lanche e das brincadeiras no recreio.
Quando menino passarinho, na verdade, tudo era alegria. A vida era uma festa.
Sem dinheiro, sem lenço, sem documento, pobre de conhecimentos e rico em imaginação.
Até que o tempo fez com os meninos o que a vida sempre faz: tornou eles mudos, mesmo quando falantes, e hoje sofrem muito mais.
*Ilustração: Reprodução do desenho de Elifas Andreato para a capa do disco "Tempo Menino", de Dominguinhos.