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O presidente eleito, Jair Bolsonaro, levou um pastor evangélico à cerimônia de diplomação no Tribunal Superior Eleitoral.
A pedido dele, o religioso Josué Valandro Jr fez uma oração na sala reservada aos ministros da Corte, antes do início da solenidade.
Também estavam presentes os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira.
O pastor Josué celebra cultos na Igreja Batista Atitude, na Barra da Tijuca. O templo é frequentado pela futura primeira-dama Michelle Bolsonaro.
A oração constrangeu alguns dos presentes. Um ministro disse ao blog que o tribunal não é o local apropriado para manifestações religiosas.
Na semana passada, Bolsonaro indicou a pastora Damares Alves, da Igreja Quadrangular, como futura ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos.
A bancada evangélica também deu aval à escolha do novo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez.
...com defesa contundente de minorias e direitos humanos
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Helena Chagas
Roubar a festa de um presidente da República eleito na cerimônia de sua diplomação é missão impossível, mas a presidente do TSE, Rosa Weber, esteve mais perto disso do que qualquer de seus antecessores ao diplomar Jair Bolsonaro com um forte discurso em defesa da democracia, dos direitos humanos e do respeito às minorias.
Já Rosa Weber, que diferentemente do que ocorreu em outras diplomações, falou depois do presidente diplomado, foi firme e contundente. Aproveitando os 70 anos de aniversário da Declaração dos Direitos Humanos, alertou que a vontade das maiorias não pode suprimir os direitos dos grupos minoritários, que não podem ser ameaçados “por instâncias de poder mais influentes em determinados momentos históricos”.
A presidente do TSE não citou nomes nem fatos específicos, mas não deixou margem a dúvidas de que o principal destinatário de seu recado estava sentado a seu lado na mesa que presidiu a sessão de diplomação – Bolsonaro, chefe de um governo que não demonstra grande apreço pelo tema dos Direitos Humanos. Weber fez questão de deixar claro ainda que o Poder ao qual pertence está vigilante: “a garantia à estabilidade dos direitos essenciais é uma das funções mais relevantes e irrenunciáveis do Poder Judiciário”.
Bolsonaro, bastante emocionado com a ocasião, não pareceu se importar muito com as advertências. Viveu seu momento de glória máxima.
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