quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Morre a cantora Cláudia Barroso



Considerada a rainha da música romântica, a artista morava em Fortaleza e faleceu na manhã dessa sexta-feira
Cláudia ficou imortalizada pela voz potente e a entrega nas interpretações

A música romântica está de luto. Morreu na manhã dessa sexta-feira (9), em Fortaleza, aos 83 anos, a cantora e compositora Cláudia Barroso. Natural de Pirapetinga, Minas Gerais, a artista que residia em Fortaleza estava internada há semanas e não resistiu ao quadro de complicações respiratórias. O velório acontece ainda hoje, a partir das 13 horas, no Cemitério Jardim Metropolitano (Eusébio). O sepultamento, também no Jardim Metropolitano, ocorre será no próximo domingo.

Amélia Rocha Barroso ficou conhecida em todo brasil conhecida pelo nome artístico de Cláudia Barroso. Em atividade desde a década de 1950, a cantora conquistou diversos prêmios e encantou multidões através de sucessos como “Fica comigo essa noite” e “Não, eu não vou ter saudade”. Em 1971, lançou pela gravadora Continental o LP “Cláudia Barroso”, considerado um clássico do gênero romântico.

O disco trazia composições próprias e ficou imortalizado nas paradas de sucesso. São dessa safra, “Quem mandou você errar”, “A vida é mesmo assim” e “Quando você errar”. Cláudia tam bém atuou como jurada foi jurada dos programas do Chacrinha e Silvio Santos. 

Trajetória
A vocação para o estrelato surgiu ainda na infância quando começou a cantar em eventos da escola. Mesmo assim, os palcos ainda demorariam na vida de Amélia (como era chamada). Com a ida da família para a cidade do Rio de Janeiro, a futura artista começou a trabalhar como babá e, posteriormente, em uma fábrica de estojos para jóias.

Aos 15 anos, casou-se e teve um casal de filhos e durante muitos anos, Amélia se dedicou integralmente aos filhos e marido. Separou-se em 1957 e com os filhos mais crescidos, decidiu que era o momento de arriscar a carreira artística. Por incentivo de uma amiga participou do programa de calouros de Ary Barroso. Em seguida, Amélia cantou no programa de calouros de Renato Murce, da rádio Nacional do Rio, a cantora chamou a atenção do público e após várias semanas de disputa, conseguiu ganhar o prêmio final.

O primeiro trabalho oficial na música veio com o contrato de “crooner” na boate do Copacabana Palace. Carismática e dona de uma voz potente, a artista registrou canções para diversas coletâneas. Finalmente, em 1971, lançou o primeiro LP pela gravadora Continental. Durante a carreira gravou mais de 30 LPs e realizou apresentações por todo o Brasil. Reconhecida também no exterior, fez shows em países como Argentina, Venezuela e Portugal. Recebeu, entre outros prêmios, o Troféu Chico Viola e o Globo de Ouro.

A vida no Ceará

A cantora relatou sua paixão pelo Ceará. “Amo Fortaleza, não vou deixar Fortaleza de jeito nenhum. Agora, perdi meu filho aqui e quero morrer aqui. Vivo bem... Não é de dinheiro, é de ter bons amigos, sossego. A televisão não incomoda muito. Eu trabalho bem, trabalho para me sustentar bem. Sou muito agradecida ao povo do Ceará”.

 

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