Considerada a rainha da música romântica, a artista
morava em Fortaleza e faleceu na manhã dessa sexta-feira
Cláudia
ficou imortalizada pela voz potente e a entrega nas interpretações
A música romântica está de luto. Morreu na manhã
dessa sexta-feira (9), em Fortaleza, aos 83 anos, a cantora e compositora
Cláudia Barroso. Natural de Pirapetinga, Minas Gerais, a artista que
residia em Fortaleza estava internada há semanas e não resistiu ao quadro de
complicações respiratórias. O velório acontece ainda hoje, a partir das 13
horas, no Cemitério Jardim Metropolitano (Eusébio). O sepultamento,
também no Jardim Metropolitano, ocorre será no próximo domingo.
Amélia Rocha Barroso ficou conhecida em todo brasil
conhecida pelo nome artístico de Cláudia Barroso. Em atividade desde a década
de 1950, a cantora conquistou diversos prêmios e encantou multidões através de
sucessos como “Fica comigo essa noite” e “Não, eu não vou ter saudade”. Em
1971, lançou pela gravadora Continental o LP “Cláudia Barroso”,
considerado um clássico do gênero romântico.
O disco trazia composições próprias e ficou
imortalizado nas paradas de sucesso. São dessa safra, “Quem mandou você errar”,
“A vida é mesmo assim” e “Quando você errar”. Cláudia tam bém atuou como jurada
foi jurada dos programas do Chacrinha e Silvio Santos.
Trajetória
A vocação para o estrelato surgiu ainda na infância
quando começou a cantar em eventos da escola. Mesmo assim, os palcos ainda
demorariam na vida de Amélia (como era chamada). Com a ida da família para a
cidade do Rio de Janeiro, a futura artista começou a trabalhar como babá e,
posteriormente, em uma fábrica de estojos para jóias.
Aos 15 anos, casou-se e teve um casal de filhos e
durante muitos anos, Amélia se dedicou integralmente aos filhos e marido.
Separou-se em 1957 e com os filhos mais crescidos, decidiu que era o momento de
arriscar a carreira artística. Por incentivo de uma amiga participou do
programa de calouros de Ary Barroso. Em seguida, Amélia cantou no programa de
calouros de Renato Murce, da rádio Nacional do Rio, a cantora chamou a atenção do
público e após várias semanas de disputa, conseguiu ganhar o prêmio final.
O primeiro trabalho oficial na música veio com o
contrato de “crooner” na boate do Copacabana Palace. Carismática e dona de uma
voz potente, a artista registrou canções para diversas coletâneas. Finalmente,
em 1971, lançou o primeiro LP pela gravadora Continental. Durante a carreira
gravou mais de 30 LPs e realizou apresentações por todo o Brasil. Reconhecida
também no exterior, fez shows em países como Argentina, Venezuela e Portugal.
Recebeu, entre outros prêmios, o Troféu Chico Viola e o Globo de Ouro.
A vida no Ceará
A cantora relatou sua
paixão pelo Ceará. “Amo Fortaleza, não vou deixar Fortaleza de jeito nenhum.
Agora, perdi meu filho aqui e quero morrer aqui. Vivo bem... Não é de dinheiro,
é de ter bons amigos, sossego. A televisão não incomoda muito. Eu trabalho bem,
trabalho para me sustentar bem. Sou muito agradecida ao povo do Ceará”.
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