terça-feira, 15 de setembro de 2015

Editorial

Em 24 de abril de 2004 este editor apresentava na rádio Cidade AM  de Sumé o programa O Campo na Cidade, idealizado por José Maracajá. Pois bem! O Editorial daquele programa após 11 anos, continua super atualizado, parece que nada mudou de lá prá cá com relação ao eleitorado e os políticos, senão vejamos:

O LÍDER POLÍTICO E O SEU POVO

Se é fundado o adágio popular de que " cada povo tem o governo que merece", não menos exato é aquele outro que diz "um erro não justifica o outro". Se uma cidadã ou cidadão foi eleito por erro de seus eleitores, porque não dispõe das condições mínimas, para  exercer as funções públicas para as quais foi escolhido, há de se supor ao menos, que essa pessoa tenha alguma qualidade.

Revestido das funções do seu cargo público, deve ela ou ele, meditar sobre a importância dos seus atos. Num momento de reflexão, deverá considerar que, passando da restrita área privada para a esfera pública, o que eles fizeram, terão repercussão profunda nos destinos da comunidade a qual pertence, afetando, conseqüentemente, até os seus familiares.

De nada lhes adiantará tirar proveitos ilegais de sua atividade pública, enriquecendo as suas contas bancárias, agindo em favor dos seus familiares e de seus aliados, se fica em perigo a segurança da comunidade que representa e que a eles pertence e pertencerá inclusive com seus descendentes. Até porque, a comunidade é nada mais, nada menos, uma das estruturas fundamentais que existe em todos os grupos.

Há vários conceitos do que seja comunidade, além do que citamos logo acima. Nesta definição, não é necessário que se fale em obrigações, porque elas, as obrigações, no fiel da balança jurídica, pensam iguais ao direito. E, para que exista o direito, é precedente nesta caso, que exista também obrigação. Não existem direitos, sem obrigações.

De modo que, na comunidade em que os cidadãos, não cumprem as suas obrigações, os direitos tendem a desaparecer. E quando esses direitos, deixam de existir, já não se fala mais em cidadania. Não existe cidadão sem direitos, como não existem comunidade sem cidadãos. Existirá sim, em sentido oposto, ao contrário, não só em nível comunitário, também e até nível de país, um país governado por um ditador, que impõe obrigações e desconhece os direitos das pessoas. A liberdade de pensamento, de credo e de expressão, desaparecem. E com isso, desaparece também o direito adquirido, e com o fim do direito adquirido, vai-se pelo ralo até o direito de propriedade patrimonial, industrial, autoral e todos os demais tipos de direitos. 

O político que alcançou o cargo pela confiança do seu povo, escolhido, bem ou mal, para representar dito povo, precisa atentar para esta verdade ou realidade acima enunciada. É dever seu, para o seu próprio bem e da comunidade que representa, que ele cumpra com suas obrigações, não pensando apenas nos direitos que o seu cargo lhe dá ou lhe outorga. Estes direitos se acabarão. na medida em que suas obrigações são esquecidas.

Não importa que muitos políticos sejam desonestos, incompetentes e ociosos. O que é preciso, é que eles sejam substituídos efetivamente, pelo povo, e que sejam devidamente combatidos por aqueles outros que se prezam em cumprir com as suas obrigações.  

A figura da comunidade, do município, do estado e do país, como rincão ou abrigo natural onde vivemos, trabalhamos e formamos diversos tipos de grupos, e as nossas relações sociais, só depende daqueles políticos que são eleitos para zelar pelo seu povo. 

A segurança das comunidades, em diversos níveis institucionais mostrados acima, está na razão direta do maior número de pessoas honestas e capazes, escolhidas para representá-las.

E, sem comunidades, sem direitos e sem cidadãos, só restarão as obrigações impostas por ditadores, fruto direto e natural da falta de civismo de um povo, da sua imaturidade política, que só este povo pode corrigir. Será que o conteúdo deste editorial coincide, "POR COINCIDÊNCIA", com  a nossa realidade? Acreditamos que SIM! Então compete a cada eleitor, renunciar até aos seus benefícios, mas não renunciar a si próprio, e aprender escolher o seu autêntico e verdadeiro representante, para que no fiel da balança da coisa pública, não continuem pensando desigual, O LÍDER POLÍTICO E O SEU POVO.

Sr. CARIRI
Marcos Moura
 


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