sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Filho de Padre Bianchi denuncia Diocese de Caruaru na Justiça

Registro de Nascimento de Emanuel Gaspar mostra que Padre Bianchi é pai dele 
Um jovem que afirma ser filho de Manoel Francisco Xavier, conhecido como Padre Bianchi, denunciou a Diocese de Caruaru, no Agreste, ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e ao Vaticano.
Emanuel Gaspar Araujo Silva Xavier, de 23 anos, é advogado e está pedindo R$ 2 milhões por danos morais devido à morte do pai, que foi vítima da Covid-19 em 12 de maio de 2021. Bianchi dedicou 37 anos ao sacerdócio.


A denúncia é apresentada por Emanuel Gaspar Araújo da Silva Xavier, hoje com 23 anos, residente na Paraíba. Ele é filho de Catarina Bezerra de Araújo, ex-secretária na Paróquia de Santa Cruz do Capibaribe nos anos 1990. A existência do filho do padre foi escondida por mais de duas décadas e se tornou pública porque a Diocese de Caruaru teria cortado a ajuda financeira que Bianchi concedia ao filho.

O Blog relata que ele chegou a tratar do assunto com a Diocese, porém foi comunicado de que não teria o amparo para os pleitos apresentados. “Meu Pai nunca nos deixou faltar dignidade. Com o seu trabalho e esforço, conseguiu me dar a melhor educação e não deixou faltar o alimento. Além de Padre, ele foi bancário, balconista, radialista. Foi um homem de extremo caráter”, afirma Emanuel ao blog.

Emanuel é advogado e chegou a visitar o padre em Caruaru, quando ele esteve internado. Ainda segundo o filho, a Diocese tem conhecimento da sua existência, mas sempre tentou afastá-lo do pai. Atualmente Emanuel é amparado pela Coping Internacional, associação de defesa dos direitos de crianças por padres católicos em todo o mundo, que apresentou denúncia ao Vaticano. A Diocese não respondeu à matéria.

MANOEL FRANCISCO XAVIER
(Padre Bianchi)

Emanuel Gaspar é fruto de um relacionamento do padre com Catarina Bezerra de Araújo, que atuou como secretária na Paróquia de Santa Cruz do Capibaribe, na década de 90.

Atualmente, o jovem advogado reside em Campina Grande, na Paraíba, e está sendo auxiliado pelo Projeto Cicatrizes da Fé, que ajuda pessoas que estão relacionadas a “casos de envolvimento sexual no âmbito eclesial”, além de vítimas de abuso sexual dentro da Igreja Católica.

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