sexta-feira, 30 de novembro de 2018

'E o Nordeste, presidente Jair Messias Bolsonaro?'



Partiu de um deputado federal pernambucano de primeiro mandato, Fernando Monteiro, da bancada do Partido Progressista, o primeiro questionamento preciso, duro, consistente, sobre a montagem do futuro ministério pelo presidente eleito Jair Bolsonaro. Ele não questiona o prestígio popular do novo presidente, tampouco a sua competência constitucional para nomear quem bem entender. Mas pergunta se realmente está correto ele não ter escolhido até agora nenhum ministro do Nordeste, mesmo tendo perdido para Fernando Haddad em todos os estados da região. O deputado afirma que o futuro ministro da Casa Civil, Onix Lorenzoni, é um político gaúcho que não conhece esta região. Que a futura ministra da Agricultura, deputada Tereza Cristina, pode até ser desenvolta sobre o agronegócio, dado que é natural do Mato Grosso do Sul, mas não conhece os projetos de irrigação do São Francisco nem a zona canavieira nordestina. Monteiro não defende nordestino no ministério apenas para olhar suas bases eleitorais como fizeram muitos nos últimos governos, e sim para simbolizar a presença da nação dentro do governo. Por isso ele acha que o presidente eleito até errando na montagem do seu time, que não expressa a representação do povo brasileiro no Congresso Nacional. O deputado gostaria de ver ministros com visão do País, já que uma das promessas do presidente eleito foi legar à população “Mais Brasil e menos Brasília”. O jovem parlamentar ainda não compreendeu bem o que significa isto, mas tem dúvida sobre sua eficácia sem nordestinos no ministério. 

Intentona comunista
A “Intentona Comunista” de 1935, levante ocorrido em quarteis de Natal, Recife e Rio de Janeiro, sufocada pelos militares em 27/11 daquele ano, foi comemorada em Pernambuco pelo Comando Militar do Nordeste até o governo de Sarney. Havia solenidade no cemitério de Santo Amaro para a leitura dos nomes dos mortos. Hoje, a comemoração só se faz apenas nos quarteis.

É cedo > O governador Paulo Câmara está sem pressa para anunciar os nomes dos seus futuros secretários. E, pelo que se apurou até agora, não há deputados federais interessados em pedir licença do mandato para servir ao governo. Com isso, Milton Coelho (PSB) ficaria 1º suplente. 



É certo > Dos deputados estaduais não reeleitos, apenas um está com cargo garantido no primeiro escalão - Nilton Mota (PSB) que foi o coordenador geral da campanha. Ou ele voltará para a Casa Civil ou irá para a pasta da Fazenda, seu grande sonho, já que é auditor licenciado. 


Sem opção > O senador Cristovam Buarque (DF) disse ontem que não pretende sair do PPS porque não tem para onde ir. Mas considera algo sem sentido mudar o nome do partido para “Movimento”. Melhor seria, disse ele, tirar o “P” de popular e o “S” de socialista do que fazer essa troca besta.


O mágico > Isaltino Nascimento (PSB), líder do governo na Assas dizendo simplesmente o seguinte: o governo precisa de dinheiro e, como não tem como embleia Legislativa, tem feito todo tipo de mágica verbal para tentar convencer os pernambucanos de que o “pacote fiscal” do governo é bom para o povo. Poderia economizar palavremitir moeda, aumentou impostos.


Inaldo Sampaio
P/Sr. CARIRI



Nenhum comentário:

Postar um comentário