Do governo Dudu Torreão-Joda Zuza saem duas candidaturas a
prefeito de Serra Branca. Sem entrar no mérito das figuras prepostas,
não é difícil muito esforço para discernir o que está acontecendo nas
entranhas governistas: Há uma disputa entre eles, que pode dar lugar a
uma grande negociata de votos, cargos e dinheiro.
A candidatura
de Flavio Henrique é diretamente tutelada pelo prefeito Dudu Torreão,
dentro da mais tradicional política de base familiar, mas não só: é
sustentada pelo vereador Paulo Sérgio de Raquel, o vereador preferido do
prefeito, por Marcelo Jackson, o fantasmagórico médico tecnocrata e
pelo vereador Hercules Holanda, figura que dispensa comentários.
A candidatura da “família” costura ainda o apoio da ex-prefeita Alda
Dias e de Odívio Nóbrega, que tem um vereador para chamar de seu. Aqui,
pode acontecer tudo, inclusive nada.
Do mesmo lado de dentro do
governo municipal, sai a candidatura de Vicente Fialho Souzinha,
tutelado pelo vice-prefeito Joda Zuza, mas que tem no líder do governo
Dudu, o vereador Carlos Kleber, o principal porta-voz.
A
candidatura do Souzinha lembra os tempos das sublegendas partidárias no
ocaso do Regime Militar, que permitia a cada partido lançar mais de um
candidato na disputa majoritária. Tanto é que o Souzinha conta com o
apoio de secretários e servidores comissionados que continuam no governo
de Dudu e Joda. Souzinha também está negociando o apoio do andrógino
grupo de Alda Dias.
Até aqui, nenhuma diferença foi marcada
entre as duas candidaturas. Por exemplo, todos, de Dudu Torreão a Joda
Zuza, de Flavio Henrique a Souzinha, de Hercules Holanda a Carlos
Kleber, fazem um silêncio sepulcral sobre o pagamento de quase 500 mil
reais pagos em notas fiscais frias da Secretaria de Serviços Urbanos.
Nesses dias, o bloco governista local conseguiu traduzir-se pelas
lágrimas torrenciais do prefeito Dudu Torreão, lastimando-se do
distanciamento dos correligionários, Vicente Fialho Souzinha, Joda Zuza
e Carlos Kleber. Estão vazando saudades uns dos outros.
A essa
altura dos acontecimentos, a proposta de Guilherme Gaudêncio, candidato a
prefeito do PSB, em unificar toda a oposição em uma única candidatura é
uma oportunidade para passar a limpo quem é oposição e quem está
tentando enganar a população de Serra Branca.
O PT tem todos os
motivos para renovar a aliança com o PSB, somando esforços com os demais
partidos da oposição. Os partidos já caminharam juntos em tempos de
escassez eleitoral e alcançaram grandes vitórias políticas em Serra
Branca, na Paraíba e no Brasil.
É preciso crer na seriedade e boa
vontade do PSB de Serra Branca em unificar toda a oposição para
representar o sentimento de mudança que a maioria da população expressa.
A divisão das forças oposicionistas beneficiou o grupo de Dudu Torreão e
Joda Zuza, Souzinha e Flávio Henrique, Hercules Holanda e Carlos
Kleber, que conseguiram derrotar a maioria oposicionista em 2012. Esse
erro não pode se repetir.
O Partido dos Trabalhadores, liderado
pelo Professor Galeguinho nesta quadra político-eleitoral histórica,
também se propõe a unificar toda a oposição numa frente política
popular, programática e progressista. O todo que virá com certeza será
maior e melhor do que a simples soma das partes. Serra Branca só tem a
ganhar.
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