Com muita comoção, milhares de pessoas
acompanharam o sepultamento do ex-deputado Osvaldo Coelho, na noite
desta segunda-feira (2), em Petrolina. Ao som do berrante e sob uma
longa salva de palmas, o ‘eterno deputado’ – como ficou carinhosamente
conhecido – foi sepultado por volta das 19h30 no Cemitério Campo das
Flores, onde uma multidão acompanhou a cerimônia.
O corpo foi velado durante todo o dia na
Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) onde o bispo
Diocesano, Dom Manoel dos Reis, celebrou uma missa de corpo presente e
vários admiradores puderam render homenagens ao “Defensor do Sertão”.
Ao fim da cerimônia na Univasf, o caixão
– coberto com as bandeiras de Pernambuco e Petrolina – seguiu em
cortejo no carro do Corpo de Bombeiros pelas principais ruas da cidade
até o cemitério, onde chegou por volta das 19h e foi recebido com muitos
aplausos.
O sepultamento foi precedido por palavras de carinho e admiração até mesmo de anônimos, que pediram em voz alta “que a história de Osvaldo Coelho fosse um exemplo para os novos políticos”.
Durante a cerimônia, que durou
aproximadamente meia hora, muitos amigos e admiradores renderam suas
últimas homenagens ao eterno deputado. O irmão, Geraldo Coelho, lembrou
que em sua última conversa, Osvaldo havia dito que voltaria a Petrolina e
que não queria mais ficar no Recife. “Da última vez que falei com você,
você disse: Estou chegando ai em Petrolina. Não quero mais morar no
Recife, não’ Que tristeza, até logo”, disse emocionado.
O prefeito Julio Lossio também aproveitou o momento para lembrar a luta de Osvaldo em defesa do Sertão. “Foi um pai.Tudo que fiz e faço na política aprendi com ele. Foi um grande defensor do Sertão e da irrigação”, disse o prefeito.
O som do berrante e das toadas deram fim
à cerimônia. O político que amava e defendia a cultura nordestina foi
sepultado ao som do cântico símbolo do Sertão, que resumiu a história de
luta do sertanejo “que se foi deixando o nome para a história”, lembrou o poeta.
O ex-deputado Osvaldo Coelho morreu na
noite deste domingo (1º) na sua casa no Recife, após um ataque cardíaco.
Ele tinha 84 anos e mais de 40 dedicados à política.
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