Autor: Marcelo Damasceno, jornalista
A importante e imensa colônia paraibana radicada em
Petrolina, trouxe prosperidade inequívoca, ao sertão pernambucano
banhado pelo Rio São Francisco.
Entre milhares de paraibanos, o
empreendedor, caminhoneiro na origem, mecânico do detalhe, AUGUSTO
AMADOR. Homem feito, saiu cedo da sua Monteiro-PB, geograficamente
poética e densa em música por seus ilustres filhos em teor nacional.
Aquele qualificado paraibano, deixou seu rincão para sempre e para a
sorte cíclica da economia em Petrolina.
A
ugusto Amador, optou por
Petrolina, em seu novo ofício específico e raro, em atividade simultânea
ao governo do automóvel, governo arrojado da indústria móvel. Governo
Juscelino Kubistchek.
O bandeirante em cordel, Augusto Amador,
fincou sua tenda em família, desde os anos 1960, quando a cidade saía do
ciclo primário de sua contribuição à balança comercial, por Clementino
Coelho e sua Exportadora de bens arrancados do solo semiárido, matéria
prima solene em couro, em mamona e algodão. Augusto Amador chegou junto
com as Indústrias Coelho, da teoria ousada do empresário Paulo Coelho,
fincando seu sonho “Caiano” adiante do bairro Atrás da Banca. Augusto
Amador, media sua força e seu plano para fundar de forma pioneira, a
qualificação mecânica. As estradas eram rudimentares.
Os caminhões
contavam-se aos dedos do motorista e empresário Joaquim André, gênese do
transporte público coletivo.
Os caminhões, entretanto, em
número tímido atravessavam o Brasil por aqui, nossa única ponte
Presidente Dutra. Daí, Augusto Amador, visionário, carregado de
compromissos e encouraçado por seu talento mecânico em logística
especializada, obtinha ricas informações que as estradas sem malha
asfáltica, somavam carros de cargas com inevitável instabilidade em seu
eixo, comprometendo carroceria, molas e pneus, espatifando a espinha
dorsal dos choferes primeiros de 50 anos atrás. Augusto Amador, instalou
sua Mecânica de “molas”, inicialmente na Rua Barão do Rio Branco ao
lado do atual Mercado do Turista, indo poucos anos depois para o
endereço emblemático da atual Avenida da Integração, bem ao lado do
controvertido monumento que caiu na besteira popular, antigo Posto
Fiscal. A Oficina de Molas de um paraibano feito de ferro e que dobrava,
mas, nunca quebrou. Augusto, homem dos sete instrumentos em sua verdade
sertaneja, rijo, implacável pelo seu sonho e razão, estava em
nobilíssimo endereço da Avenida Guararapes contígua à Rua São José . Uma
profética passagem pela Integração bem em frente, hoje, dando suas
molas para a mobilidade.
Augusto da Oficina “sem moleza” na vida.
Quase iletrado, casado, filhotes a repercutir a obrigação de renda e
garantia da cidadania com escolaridade, Augusto Amador nunca “amoleceu”,
e tirou em cada “mola” redimida do fracasso, o boletim exitoso dos
filhos, os quais formou em gente e formação acadêmica. De limitada
educação cognitiva, Augusto Amador, patriarca das oficinas
especializadas de Petrolina, construiu seu marketing, recrutando para
sua empresa gente espatifada pela vida periférica de tudo, entre esses,
“Mané Macaco”, um cafuzo a lhe conferir qualificação e sucesso
profissional. Augusto Amador, enfrentando o mundo com a estratégia de
ter molas na alma para cumprir o cotidiano dever de ser homem honrado.
Imigrante a colecionar os feixes de “molas” e contribuir para a
estabilidade dos primeiros caminhões amestrados pela economia indiscreta
e industrial de Petrolina. Em meio a dezenas de mecânicos, ajudantes,
empresários de peças e uma Petrolina caminhando para sedimentar seu
parque Industrial, Augusto não combinava amadorismo, fazia mecânica de
mola com profissionalismo.
Ganhou fama pelas estradas
brasileiras sob o emblema da terra com encruzilhadas. Prosperou em sua
Oficina sem “outdoor”, ou, recursos da internet. O ardor sereno de
Augusto, lhe transpirava prosperidade cidadã, ao formar seus filhos em
doutores, petrolinenses viscerais. Sua saga empresarial desde o velho
endereço daquela “oficina de molas”, exigia novo local em endereço mais
ambicioso e, ao alcance do entorno sanfranciscano. A Avenida Sete de
Setembro no Bairro Ouro Preto, por último, premiou sua densidade, sua
grandeza, sua consolidação cidadã e jurídica. Que o diga, o famoso bode
que era o mascote da empresa que chegou a ser entrevistado pelo
radialista Carlos Augusto. Estava ali para todos, um novo pioneirismo
para hoje endereço tão específico, a Sete em rodovia dupla, como 407 e
428 pelo asfalto bem brasileiro e nosso.
A soberania das molas
recicladas de forma industrial, pediu e conseguiu a avenida Sete de
Setembro. Desde esses anos 1980, Augusto Amador, competia consigo mesmo,
e tornava-se pioneiro dessa terra que lhe foi prometida e não lhe deu
“moleza” hora alguma. Nesta Petrolina, os sobressaltos, os desafios,
exibem rigorosa avaliação de quem lhe presta serviço e soma sua riqueza
imaterial ou em verdade monetária. É preciso carregar “molas pelo corpo e
no sonho e comportamento também”, diria o velho e saudoso Augusto
Amador. Que nunca amoleceu diante do seu ofício das “molas” e de ser
reto na vida. Augusto Amador por sua genealogia exitosa, ainda verte do
seu sangue paraibano, a prosperidade com educação e trabalho. Muito
trabalho!
Em 2016 será o seu centenário de nascimento.
Foto-Augusto Amador
(ao lado então vereador,
César Durando em evento solene)-
Cidadão petrolinense/
(ao lado então vereador,
César Durando em evento solene)-
Cidadão petrolinense/
P/Sr. CARIRI
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