O
ano é cheio de datas comemorativas. São datas de consumismo. Em maio, segundo
domingo, dia das mães, sem falar no dia dos pais em agosto e o dia de natal,
além de termos uma infinidade de efemérides de consumo total, os comerciantes
se preocupam apenas em faturar, desvirtuando o espírito do real merecimento das
comemorações e sentimento.
Para
se ter uma ideia, o dia das mães perdeu sua pureza, se o filho não presentear
sua genitora com um presente de 1,99 até um carro, não é dia das mães.
Que
fenômeno é esse? Datas comemorativas transformadas em datas de consumo?
Hoje,
1º de maio dia do trabalhador. Que presente ele ganhará? A mídia e os
empresários lhes proporcionam ou impulsionam o quê, para este mesmo trabalhador
ganhar alguma presente, quando daqui há uma semana praticamente sem dinheiro no
bolso, terá que comprar uma lembrancinha para sua mãe, movido pela propaganda,
os comerciais, e notadamente que as mães esperam um presente dado pelo filho
por mais simples que seja.
Eu
acho que estou errado em dizer que o trabalhador brasileiro não ganhou presente
no seu dia. Ganhou sim! Um operário preso. Ganhou sim!
Uma
crise econômica sem precedentes. Política desastrosa. Quadro social inoperante.
Violência. Corrupção. Ganhou sim! Uma taxa de desemprego. 13,7 milhões de homens
e mulheres sem recursos nem sequer para as despesas básicas. Ganhou sim! 12
milhões de lares ganharam lenha ou carvão para cozinhar, deixando de usar gás
de cozinha. Ganharam um Golpe. Ganhou uma reforma trabalhista retirando
salários.
As
eleições estão chegando! Com um voto bem dado será que o trabalhador ganhará um
presente recheado de valorização nos seus salários? A ampliação das políticas
sociais com uma economia solidária? Será que ganhará uma reforma tributária eficaz
e que por conseguinte, taxe os mais ricos. Será que terá investimento em
tecnologia, educação e saúde? Será que terá alimentos mais baratos? Moradia?
Reforma agrária? Agroecologia e agricultura familiar para todos?
Primeiras horas deste 1º de maio, centenas de famílias de trabalhadores sem teto em São Paulo, ficam sem moradia, que por sinal era emprestada. Que presente é esse? Que incêndio foi esse? De quem é a culpa? Um presente de grego, sub-habitação, desabada, agora só escombros.
Primeiras horas deste 1º de maio, centenas de famílias de trabalhadores sem teto em São Paulo, ficam sem moradia, que por sinal era emprestada. Que presente é esse? Que incêndio foi esse? De quem é a culpa? Um presente de grego, sub-habitação, desabada, agora só escombros.
E
a nossa juventude ganhará o quê? Quando teremos um Primeiro de maio unificado? Quando
teremos a defesa da democracia? Quando eles deixarão de prender injustamente alguém
que tem compromisso com a retomada do crescimento da nação?
Quando
eles assegurarão a presunção da inocência e que ninguém pode ser preso antes
que todos os recursos sejam julgados? Quando?
Cabe
a nós trabalhadores, elegermos parlamentares que sejam comprometidos com os
nossos direitos e com o progresso da inclusão e justiça social.
O
presente, vamos dar a nós mesmos no próximo voto. Hoje é impossível esquecer
essa data. 1º de maio, sem lenço, sem documento, sem presente, mas com a
esperança que nas próximas comemorações, poderemos alcançar nossa liberdade. Só
depende de nós.
BRASIL
LIVRE!
Sr. CARIRI
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