terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Em meio a eleição desmotivada, grupo de franceses quer Obama presidente

Franceses com máscaras de Obama pregam cartaz de hipotética campanha dele a presidente da França
Nem esquerda, nem direita. Com a insatisfação dos franceses diante de candidatos controversos demais ou suspeitos de corrupção, um grupo de amigos acaba de lançar a candidatura de Barack Obama para a Presidência da França.
A ideia surgiu numa mesa de bar, onde quatro amigos chegaram à conclusão que nenhum dos candidatos à eleição presidencial de abril pode responder aos anseios da população francesa. Barack Obama, o ex-presidente dos Estados Unidos, seria a solução para uma França politicamente dividida, desmotivada e afundada numa insolúvel recessão.
O primeiro objetivo do grupo, que lançou a campanha "Obama17", é convencer o americano a aceitar o desafio de presidir a França, numa hipotética Sexta República —a França vive hoje a Quinta República, iniciada com Charles De Gaulle em 1958.
Para isso, criaram um site oficial com uma petição que já foi assinada por mais de 40 mil pessoas nas primeiras 24 horas.
Os mentores da campanha esperam atingir a marca de 1 milhão de assinaturas até o dia 15 de março. Para eles, Obama tem "o melhor CV do mundo para a vaga oferecida".
Os militantes da campanha "Obama17" acreditam também que ainda é possível votar positivamente para um presidente, ao contrário de votar contra um candidato. Afinal, explicam, "na hora em que a França está votando quase maciçamente na extrema direita, nós ainda podemos dar uma lição de democracia planetária, elegendo um presidente da República estrangeiro".
O primeiro turno das eleições presidenciais francesas será realizado no dia 23 de abril, seguido de um provável segundo turno no dia 7 de maio.
Pesquisas divulgadas nesta terça-feira (28) apontam que a candidata da extrema-direita Marine Le Pen, da Frente Nacional, lidera no primeiro turno com 26% das intenções de voto, sendo seguida de perto pelo centrista Emmanuel Macron, do movimento En Marche.

O partido de direita Os Republicanos está em terceiro lugar, com 20% dos votos, apesar da investigação sobre desvio de dinheiro público que atinge o seu candidato, o ex-primeiro-ministro François Fillon. 
DA RFI

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