Sumaia Villela – Correspondente da Agência Brasil
Como essas investigações vêm
sendo feitas desde meados do ano passado, afetam apenas as administrações
passadas.
As mesmas empresas sempre venciam as licitações e os lucros eram repartidos com quem estivesse dentro do esquema.
Políticos, parentes de prefeitos ou vereadores, secretários municipais e empresários eram beneficiários das irregularidades, que podem ter movimentado recursos da ordem de 100 milhões de reais.
Em Angelim a expectativa é muito grande por parte da população, pois serve de admiração e até comentários, questionando um governo municipal que se dizia ser honesto.
As mesmas empresas sempre venciam as licitações e os lucros eram repartidos com quem estivesse dentro do esquema.
Políticos, parentes de prefeitos ou vereadores, secretários municipais e empresários eram beneficiários das irregularidades, que podem ter movimentado recursos da ordem de 100 milhões de reais.
Em Angelim a expectativa é muito grande por parte da população, pois serve de admiração e até comentários, questionando um governo municipal que se dizia ser honesto.
Dez prefeituras do Agreste pernambucano são investigadas por fazer parte de um esquema de fraudes de licitação que teria movimentado R$ 100 milhões. A Polícia Federal (PF) em Pernambuco deflagrou hoje (15) de manhã a Operação Cosa Nostra para desarticular a organização que, segundo a corporação, favorecia um cartel de empresas.
Desde 6h
da manhã, 70 policiais e 10 integrantes do Ministério da Transparência,
Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) cumprem 17 mandados de
busca e apreensão para reunir provas úteis às investigações. Além do
órgão federal, participa da operação o Tribunal de Contas do Estado de
Pernambuco (TCE/PE).
Os mandados de busca e apreensão estão sendo
cumpridos em Agrestina, Caruaru, Garanhuns e São João. Os três últimos
municípios não fazem parte do susposto esquema; são os locais de moradia
de integrantes dos cartéis e de sedes de empresas. Foram indiciadas
também oito pessoas suspeitas de participar do esquema entre políticos,
representantes de empresas e servidores públicos.
De acordo com a
Polícia Federal, as investigações começaram em 2016, motivadas por
denúncia feita por um vereador de um dos municípios envolvidos no
suposto esquema. Ao longo do inquérito, a PF diz ter encontrado indícios
de favorecimento na contratação de empresas integrantes de um cartel
formado por sócios laranjas.
A PF apurou que os estabelecimentos
venciam licitações para a execução de obras públicas com dinheiro do
governo federal especialmente nas áreas de saúde, educação e
infraestrutura. Agentes públicos municipais fraudavam os processos
licitatórios para direcionar os resultados.
As empresas seriam
ligadas a políticos, parentes de políticos e empresários, e movimentaram
cerca de R$ 100 milhões em empenhos suspeitos de 10 prefeituras:
Agrestina, Panelas, Jurema, Água Preta, Lagoa dos Gatos, Bom Conselho,
Jupi, Iati, Riacho das Almas e Angelim.
A depender do papel
desempenhado na organização, os suspeitos serão responsabilizados por
frustração de caráter competitivo de licitação, fraude, corrupção ativa e
passiva e crime de responsabilidade. As penas, se somadas, ultrapassam
30 anos de prisão.
Edição: Denise Griesinger
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