A primeira
audiência de instrução e julgamento dos quatro acusados de participação
do assassinado do menino Éverton Siqueira, de 5 anos, encontrado morto
em outubro de 2015, foi marcada pela juíza Michelini Jatobá para o
próximo dia 18 de maio, no Fórum Desembargador Arquimedes Souto Maior
Filho, às 8h30, em Sumé, município do Cariri paraibano, onde ocorreu o
crime. A definição da data foi confirmada no início da tarde desta
quinta-feira (7) pela própria magistrada. O caso completa seis meses na
próxima quarta-feira (13).
Éverton foi
achado morto em um matagal no início da manhã do dia 13 de outubro de
2015 com o tórax aberto e o pênis decepado. Segundo as investigações da
Polícia Civil, o menino foi morto durante um ritual simbólico que
envolveu quatro pessoas em 12 de outubro, Dia das Crianças.
Foram
denunciados pelo Ministério Público da Paraíba a mãe do menino, o
padrasto, um amigo da família e um suposto pai de santo que teria sido
responsável por comandar o ritual. Eles são acusados dos crimes de morte
por motivo torpe, crime cruel praticado mediante tortura,
impossibilidade de defesa da vítima, ocultação e destruição de cadáver,
humilhação a cadáver e associação criminosa.
De acordo com a
juíza Michelini Jatobá, estão detidos em presídios de João Pessoa a mãe
de Éverton, o padrasto e um amigo da família. Já o suposto pai de santo
foi transferido da capital para um presídio em Catolé do Rocha, no
Sertão paraibano, por questões de segurança. “Essa mudança retardou o
cumprimento da carta precatória expedida para citação do acusado, mas
tudo foi resolvido nesta quinta-feira”, explicou a juíza.
Ainda conforme a
magistrada, a defesa da mãe do menino e do amigo da família, bem como
dos demais acusados será feita pelo advogado Antonio Carlos Ventura
Chaves, que atualmente responde pela defensoria pública de Sumé. O
promotor do caso é Rodrigo Sá Pires.
“Na audiência
de instrução e julgamento serão ouvidas as testemunhas arroladas pelo
Ministério Público e pela defesa. Também vai acontecer os
interrogatórios dos quatro acusados, que serão trazidos dos presídios
com todo apoio na condução por parte da Secretaria de Administração. É
um processo complexo devido a quantidade de réus”, disse a juíza,
complementando que o Tribunal de Justiça da Paraíba sabe da repercussão
do caso e todo um esquema de segurança será montado no dia audiência
para garantir a audiência dos envolvidos.
O caso
Depois que o
corpo de Éverton foi encontrado, um homem, que tinha deficiência mental,
chegou a ser preso. O homem havia sido apontado como autor do crime
pelo padrasto do menino, na tentativa de conseguir ser inocentado.
Enquanto estava preso e as investigações ocorriam, ele acabou sendo
morto e, segundo a polícia, o principal suspeito deste crime é o
padastro de Éverton. Ainda conforme a polícia, o homem que tinha
problemas mentais era inocente.
Com Cariri Ligado
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