terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

CERCA VIVA COM AVELÓS

Quando esse EDITOR  era adolescente, juntamente com minha família, aos domingos, sempre subíamos a ladeira do Alto do Vassoural e íamos para o sítio de vovó Luzia (Sá Luzia) no Campo Novo. A tarde toda era puro divertimento e ficava admirado com as cercas de avelós. Não conhecíamos direito e os comentários eram os mais variados inclusive um deles, que sua seiva cegava. Achava bonito a vastidão de terras cercadas no marco divisório pelos aveloses.

O tempo passou e ele foi substituído pelas cercas de arame farpado. Porém tive surpresa ao ver na zona urbana de um grande cidade edifícios sendo separados da rodovia por cerca de avelós. É uma paisagem bonita.


Nas laterais das rodovias, quilômetros e mais quilômetros de cercas vivas de avelós, sempre verde toda vida.

Os tempos são outros.

Pau-pelado, coroa-de-cristo, árvore-lápis e avelós são os outros nomes comuns de uma planta trazida de Madagascar pelos portugueses há mais de 200 anos, para servir de cerca-viva no sertão nordestino. O nome científico é Euphorbia tirucalli. Trata-se de um arbusto alto – até seis metros – com folhas modificadas (pela natureza) parecidas com gravetos verdes, apontando em todas as direções num grande e perigoso emaranhado. Perigoso por esconder a seiva corrosiva e tóxica – o “leite do diabo” – que brota fácil quando a folha é quebrada e pode causar queimaduras, feridas graves e cegueira.
Rapidinho o gado, os cavalos, as ovelhas e até as teimosas cabras aprendem a não investir contra o avelós. A cerca-viva protege as plantações contra o pastejo fora de hora, botando ordem nas propriedades rurais da Caatinga. A proteção também funciona contra o vento, diminuindo sua velocidade sem causar turbilhões, coisa importante numa região já castigada pela escassez de água que o vento agrava.

“Uma das grandes dificuldades em combater o HIV está no fato de o vírus se transformar em DNA e se inserir na célula humana, onde fica protegido dos medicamentos e de onde só sai para se multiplicar”, explica o pesquisador, de forma simples. “A molécula modificada do avelós consegue acionar substâncias produzidas pela própria célula humana que entram no núcleo celular e obrigam o vírus a sair. Em outras palavras, sua atividade tira o HIV da latência, de seu ‘esconderijo’ dentro da célula. E quando o vírus sai da latência, ele pode ser combatido pelo coquetel de medicamentos já usado por pacientes com AIDS”.

Também é utilizado para o combate ao câncer. Notadamente que o médico deverá ser consultado e os interessados devem pesquisar. Colaborando conosco Juliana Brito ao acescentar: " Nos termos técnicos chamamos de cerca viva. É também chamado barreira de quebra vento. Levando para o lado do censo comum, há quem diga que gotas dele diluida em água pode ser a cura para o câncer. Mil e uma utilidades dessa magnífica planta de origem Africana."

Já Ilza Maria Pereira está tendo fazer uma cerca de avelós no sítio dela.
Obrigado a todas.

Sr. CARIRI

2 comentários:

  1. Bom Dia. Em que local se encontra esse aveloz que separa o edifício que menciona. Obrigado

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  2. A imagem da cerca com o edifício, lembra o acesso da cidade de Caruaru / PE, nas proximidades da ASCES.

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