A saída do cargo do agora ex-ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), impacta diretamente a sucessão estadual de 2018 em Pernambuco. A notícia, confirmada ontem, mas que já era esperada na cena política há algum tempo, trouxe consigo uma reconfiguração da corrida eleitoral. O PSDB, partido presidido por Bruno no Estado, perdeu força com a desincompatibilização do deputado federal e pode, inclusive, ficar de fora da majoritária, em composições que passam por palanques do governo ou da oposição.
É unânime no meio político a tese de que uma coisa era se Bruno Araújo deixasse o ministério no prazo estipulado por lei (em abril de 2018); e outra foi ter saído ontem, após soltar uma carta de demissão em meio ao racho exposto no PSDB, tanto âmbito federal quanto no estadual. Dizem que o parlamentar se antecipou ao presidente Temer, que, pressionado pelo Centrão, já tinha decidido entregar o comando das Cidades a outra sigla.
O deputado federal, que, nos bastidores, era tido como candidato certo ao Senado, pode ter que contentar-se com a reeleição para a Câmara. A forma como se deu a sua saída fez o PSDB de Pernambuco perder força política e, consequentemente, dimensão para tentar cavar espaço em qualquer que seja a majoritária. O jogo agora é outro.
A Bruno Araújo, resta tentar solucionar o imbróglio que se tornou o tucanato em seu estado, depois que o deputado federal Daniel Coelho abandou a convenção da legenda porque não teve seu nome chancelado para a tesouraria. Esse é o primeiro passo para manter vivo o sonho majoritário do PSDB em 2018.
ALTRUÍSMO – Oficialmente, o ex-ministro Bruno Araújo justificou seu pedido de demissão como um gestor em prol da unidade do PSDB, dividido entre os que defendem a permanência no Governo Temer e os que pedem a entrega dos cargos. Na carta enviada ao presidente, Bruno fez um balanço da sua gestão e encerrou dizendo que “a serenidade da história” reconhecerá no atual governo “resultados profundamente positivos para a sociedade brasileira”.
SUPLÊNCIA –
Com a volta de Bruno Araújo à Câmara Federal, quem perde a vaga no Parlamento brasileiro é o ex-prefeito de Petrolina, Guilherme Coelho, que volta para a suplência. Para o lugar de Bruno no ministério, o PP já deixou vazar que quer indicar o presidente da Caixa, Gilberto Occhi, para o posto. Occhi já foi ministro de Dilma Rousseff. É a famosa dança das cadeiras onde governo e oposição se misturam.
BOMBEIROS - O governador Paulo Câmara participou, ontem, da aula inaugural do Curso de Formação e Habilitação de Praças Bombeiro Militar (CFHP BM), para 300 novos homens e mulheres, aprovados em concurso realizado em maio deste ano. "Tenho certeza que esses novos alunos vão se integrar a uma corporação séria, que vai nos ajudar muito a ser um Estado mais igual, justo, e, acima de tudo, um Estado onde os Bombeiros Militares vão estar sempre prontos para atender à população sempre que chamados, preservando a vida, o próximo, e, principalmente, a cidadania e a qualidade de vida das pessoas", disse Paulo.
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