Por Roberto Almeida
Raquel Lyra (PSD) e João Campos (PSB) devem protagonizar, em 2026, a disputa política do século.
Os dois são de família de tradição política, vitoriosos na vida pública e vão chegar à campanha fortes, ambos com trunfos nas mãos.
João lidera todas as pesquisas, mas ainda é muito cedo para cantar vitória.
Raquel tem apoio do maior número de prefeitos e a máquina do estado nas mãos.
A governadora começou na vida pública no PSB. Foi deputada estadual e secretária do estado filiada ao Partido Socialista.
Em 2016, já no PSDB se elegeu prefeita de Caruaru, tendo sido reeleita em 2020 com folga.
Deixou o cargo no segundo mandato para se eleger governadora em 2022, vencendo no segundo turno a então deputada federal Marília Arraes (Solidariedade).
João se elegeu deputado federal bastante jovem, tendo sido o mais votado para a Câmara na eleição de 2018.
Dois anos depois, com menos de 30 anos, se elegeu prefeito do Recife.
Foi reeleito em 2024 com 78% dos votos.
É bom político, reconhecido como gestor (tem alta aprovação como prefeito da capital), o verdadeiro herdeiro político de dois dos governadores mais populares de Pernambuco: Eduardo Campos, que era seu pai, e Miguel Arraes, seu bisavô.
O pai e o avô de Raquel, João Lyra Neto e João Lyra Filho, também foram prefeitos de Caruaru.
Neto, por sinal, foi vice de Eduardo Campos, filiado ao PSB.
Embora tenha sido do Partido Socialista, todo o discurso de Raquel é em cima do PSB, que segundo ela destroçou o Estado.
Ela garante estar recuperando Pernambuco, procurando passar a ideia de que a situação atual é melhor do que a passada.
João não bate na governadora. Prefere mostrar o trabalho que realiza no Recife e articular apoios no interior.
Raquel pode virar o jogo, com o apoio da máquina e dos prefeitos.
Mas não vai ser fácil. Para derrotar João, ela tem que conseguir fazer o povo esquecer tudo que Arraes e Eduardo fizeram por Pernambuco.
E não foi pouca coisa.
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